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Humanos vencem máquinas na guerra das divisas

Na guerra entre os fundos de divisas, os humanos estão a revelar uma maior perícia que as máquinas na reacção às confusas mensagens da Reserva Federal norte-americana, sobre quando irão ser reduzidos os estímulos.

David Paul Morris/Bloomberg
24 de Julho de 2013 às 15:52
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Os fundos de divisas que usam modelos informáticos para as suas decisões de negociação conseguiram ganhos de 0,9% este ano, até Maio, comparado com os 2,5% conseguidos por quem recorre apenas a recursos humanos, a maior margem desde 2008, de acordo com os últimos dados da Parker Global Strategies recolhidos pela Bloomberg.

 

O Ortus Capital Management, com um modelo informático avaliado em 1,1 mil milhões de dólares, cerca de 833,4 milhões de euros, registou um prejuízo de 13,8% na primeira metade deste ano. Também o FX Concepts Global Currency Fund, que usa uma estratégia semelhante, teve perdas de 3,3%, segundo os dados do Barclay Hedge.

 

As diferentes políticas encetadas pelos bancos centrais ajudaram a aumentar a volatilidade dos juros e dos câmbios para os níveis mais elevados do ano, criando uma desvantagem para os algoritmos dos computadores, que se baseiam em padrões e em correlações.

 

Enquanto a Fed dá sinais de que poderá reduzir os estímulos à economia, os bancos centrais na Europa e no Japão alertam que ainda precisam de apoio. “Os bancos centrais tornaram-se os negociadores internos do mercado de divisas, o que revela uma mudança de paradigma que as máquinas não percebem tão bem como os humanos”, afirmou Richard Olsen, que concebe modelos de negociação de divisas desde 1986.

 

Os modelos informáticos utilizados pelos fundos de divisas tornaram-se populares no início dos anos 90, e são agora mais comuns que o uso das capacidades humanas. Até este ano, os computadores tinham sido melhor sucedidos.

 

Dos 43 fundos seguidos pela Parker Global desde 1986, 27 utilizam modelos informáticos, que garantiram até hoje uma rentabilidade de 10,7% ao ano, contra os 8,6% dos fundos discricionários. Os fundos mais metódicos foram apanhados em contra pé pelos sinais da Fed de que os estímulos poderiam estar a abrandar.

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