Bernard Arnault, o homem mais rico da Europa (segundo a Forbes) e CEO da holding multinacional de artigos de luxo LVMH, acaba de comprar uma participação na rival Richemont, dona, entre outras, da Cartier e Net-a-Porter. 

Ainda não é conhecido o tamanho da aquisição feita a nível pessoal do multimilionário francês, mas fontes contactadas pela Bloomberg afirmam ser "pequena" e como parte de um portefólio mais amplo de investimentos da família Arnault em empresas de capital aberto.

Ainda que já tenha afirmado que, para já, só quererá manter as ações como um investimento, a mais recente compra do homem mais rico da Europa já tem levantado dúvidas entre os analistas. A Richemont é conhecida pela defesa na atual estrutura de gestão da empresa, isto porque o CEO, Johann Rupert, controla a maioria dos direitos de voto, apesar de deter apenas 10,2% do capital da holding de luxo. O líder da Richemont, com 71 anos, já tem manifestado o desejo de manter o grupo independente. 

Segundo o último relatório anual da dona da Cartier, no final de março não havia outros acionistas significativos na Richemont que detivessem pelo menos 3% dos direitos de voto. 

A ocupar a terceira posiçãpo de mais valiosa da Europa, a LVMH, dona de marcas como Louis Vuitton, Dior e Moët & Chandon, é o principal grupo de bens de luxo a nível mundial, com uma capitalização de mercado de cerca de 366 mil milhões de euros. Agora com "um toque de Arnault", o valor de mercado da Richemont está fixado nos 88,52 mil milhões de euros.