Notícia
"Grande número" de membros do BCE queria subir mais os juros em dezembro
O Banco Central Europeu subiu as taxas de juro na Zona Euro em 50 pontos base no encontro de dezembro, mas os relatos da última reunião apontam que "grande número" de decisores mostrou-se inicialmente a favor de um aumento de maior dimensão.
O Banco Central Europeu (BCE) avançou com uma subida de 50 pontos base em dezembro, mas um grande número de membros da autoridade monetária expressou preferência por um aumento de 75 pontos base. A informação consta dos relatos da última reunião do BCE, em meados de dezembro, divulgados esta quinta-feira.
"Um grande número de membros expressou incialmente uma preferência por aumentar as taxas de juro de referência em 75 pontos base, uma vez que era expectável que a inflação se mantivesse muito alta por demasiado tempo", pode ler-se no documento.
O aumento anunciado no passado mês representou um alívio no ritmo de subidas, uma vez que a última tinha sido de 75 pontos base. Na mesma nota, a autoridade monetária destaca que os decisores acabaram por concordar que "era preferível optar pelos 50 pontos base, tal como sugerido pelo economista-chefe Philip Lane, acompanhados por uma comunicação reforçada" sobre o caminho a seguir.
Na altura, o grupo afirmou que as taxas de juro ainda teriam "de aumentar de forma significativa a um ritmo constante", no sentido de serem atingidos níveis suficientemente restritivos para assegurar um retorno atempado da inflação ao objetivo de 2% a médio prazo.
A par da subida das taxas de juro, o BCE avançou também que iria arrancar com a diminuição dos programas de dívida.
Os juros da dívida soberana na Zona Euro seguiam a agravar-se após a divulgação dos relatos, com a "yield" das Bonds alemãs a subir 5,6 pontos base para 2,066% e os juros da dívida italiana a crescerem 5,9 pontos base para 3,804%.
Notícia atualizada às 14h20
"Um grande número de membros expressou incialmente uma preferência por aumentar as taxas de juro de referência em 75 pontos base, uma vez que era expectável que a inflação se mantivesse muito alta por demasiado tempo", pode ler-se no documento.
Na altura, o grupo afirmou que as taxas de juro ainda teriam "de aumentar de forma significativa a um ritmo constante", no sentido de serem atingidos níveis suficientemente restritivos para assegurar um retorno atempado da inflação ao objetivo de 2% a médio prazo.
A par da subida das taxas de juro, o BCE avançou também que iria arrancar com a diminuição dos programas de dívida.
Os juros da dívida soberana na Zona Euro seguiam a agravar-se após a divulgação dos relatos, com a "yield" das Bonds alemãs a subir 5,6 pontos base para 2,066% e os juros da dívida italiana a crescerem 5,9 pontos base para 3,804%.
Notícia atualizada às 14h20