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Lagarde: "Manter o rumo é o meu mantra em termos de política monetária"

Taxa de inflação na Zona Euro voltou a recuar em dezembro, mas a presidente do Banco Central Europeu defendeu, em Davos, que resiliência observada em 2022 é para manter.

Gian Ehrenzeller / EPA
20 de Janeiro de 2023 às 12:57
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A batalha contra a inflação não pode parar, mesmo que o aumento dos preços pareça já ter atingido o pico. A mensagem foi transmitida esta sexta-feira pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, no Fórum Económico Mundial, em Davos.

"Temos também de manter o rumo de resiliência que observamos em 2022. Manter o rumo é o meu mantra em termos de política monetária", defendeu.

Após sucessivas subidas das taxas de juro, Lagarde e outros decisores da autoridade monetária têm contrariado aqueles que defendem que o ritmo deve abrandar. Depois de em dezembro o BCE ter aumento as taxas de juro diretoras em 50 pontos base, o mercado espera agora uma nova subida da mesma dimensão. 

O aumento dos preços tem abrandado após ter registado máximos históricos em vários países. Na Zona Euro, a taxa de inflação abrandou para 9,2% no último mês de 2022, tendo sido o segundo mês consecutivo de recuo.

Na quinta-feira, o Klaas Knot, membro do conselho de governadores do BCE, alertou que há mais do que uma subida de 50 pontos base a caminho, enquanto François Villeroy de Galhau, também membro da autoridade monetária, afirmou que o pico das taxas deverá ser alcançado no verão. 

No mesmo discurso, Lagarde alertou para os gastos "excessivos" dos países para proteger as famílias e as empresas da crise energética, alertando que se esta alimentar a inflação, poderá obrigar o BCE a continuar a intervir.

"Espero que a política fiscal não funcione em contraciclo à política monetária em 2023. Não precisamos de ser empurrados a fazer mais do que o necessário", vincou.

Os relatos da última reunião do Banco Central Europeu, que decorreu em meados de dezembro, mostram que um "grande número" de membros do BCE queriam uma subida mais musculada do que os 50 pontos base. Os decisores acabaram, contudo, por concordar pela taxa anunciada, desde que esta fosse acompanhada por "uma comunicação reforçada" sobre o caminho a seguir.

Na altura, o grupo afirmou que as taxas de juro ainda teriam "de aumentar de forma significativa a um ritmo constante", no sentido de serem atingidos níveis suficientemente restritivos para assegurar um retorno atempado da inflação ao objetivo de 2% a médio prazo.
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