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Goldman Sachs aponta para petróleo nos 175 dólares

As "commodities" poderão registar "subidas explosivas" nos próximos dois anos, com o petróleo a atingir os 175 dólares por barril, segundo a Goldman Sachs.

14 de Março de 2008 às 19:01
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As "commodities" poderão registar "subidas explosivas" nos próximos dois anos, com o petróleo a atingir os 175 dólares por barril, segundo a Goldman Sachs.

As decisões políticas sobre fluxos de dinheiro, emprego e tecnologia estão a "condicionar substancialmente o crescimento da oferta" de matérias-primas, referem os analistas da Goldman Sachs na sua última nota de "research", divulgada hoje pela Bloomberg. "Esta situação deverá sustentar um mercado altista do ponto de vista estrutural, para as ‘commodities’, até que esses entraves sejam eliminados e/ou a procura seja ajustada", acrescenta o documento.

A generalidade das "commodities" está no seu sétimo ano de ganhos, com o desinvestimento em refinarias, minas e terrenos agrícolas a fazerem disparar os preços do petróleo, ouro, platina e trigo para máximos históricos. Actualmente, as entidades políticas controlam mais recursos naturais do que em qualquer outra altura do século XVII, refere ainda a nota de análise da Goldman Sachs.

O banco de investimento tinha já anunciado esta semana que revia em alta, de 90 para 105 dólares, o preço médio do crude de referência dos EUA para 2009.

O West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, está actualmente numa média de 96,53 dólares desde o início do ano, o que corresponde a mais 17% do que o preço médio para todo o ano previsto pelos 30 analistas inquiridos pela Bloomberg – que o situaram nos 82,25 dólares por barril.

Preços ainda não estão em níveis extremos

De acordo com o Deutsche Bank, os actuais preços do petróleo ainda não estão num nível "extremo" (como aconteceu na década de 80) se os ajustarmos ao poder de compra dos consumidores norte-americanos.

"As cotações do petróleo teriam de atingir 145 dólares por barril para fazerem aumentar os gastos com a energia, em termos de percentagem do rendimento disponível americano, para níveis que se verificaram no início dos anos 80", referiram os analistas Adam Sieminski e Michael Lewis, citados pela Bloomberg.

O contrato de Abril do WTI [cl1] atingiu ontem um máximo histórico de 111 dólares por barril em Nova Iorque e o Brent do Mar do Norte [co1] – crude de referência para a Europa - alcançou hoje um novo recorde em Londres, nos 108,02 dólares.

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