Notícia
Galp cai mais de 2,5% e empurra PSI-20 para terreno negativo
A banca e a PT continuam a negociar em alta, mas são incapazes de contrariar as descidas da Galp e da EDP. Bolsa nacional desliza e acompanha a queda para o vermelho das praças da Europa Ocidental.
A bolsa de Lisboa inverteu a subida que estava a registar na sessão e segue agora em terreno negativo. O índice bolsista português está a ser penalizado, sobretudo, pela Galp Energia, com a notícia de que a italiana Eni está pronta para vender a sua posição de 33% na petrolífera. A banca e a PT impedem um maior deslize. O PSI-20 segue a recuar 0,50% para 5.649,50 pontos, contando com nove cotadas em baixa. Na Europa, as praças ocidentais também estão a resvalar para quedas ligeiras, depois de a Reuters ter noticiado, citando fontes da Europa, que o segundo pacote de resgate à Grécia pode ser adiado.
Lisboa não escapa ao vermelho, sendo que a Galp é a empresa que mais peso tem na tendência. A petrolífera nacional anunciou hoje uma descoberta de gás natural de “grande dimensão” em Moçambique, uma notícia bem recebida pelos analistas.
Contudo, o CEO da Eni, Paolo Scaroni afirmou hoje que a empresa italiana está pronta para vender a participação de 33% na petrolífera lusa. Uma informação que já levou a uma queda de 3% das acções da empresa liderada por Ferreira de Oliveira. A cotada segue agora a cair 2,72% para 12,705 euros.
A EDP também dita o desempenho negativo português ao desvalorizar 1,72% para 2,232 euros. Ontem, a eléctrica anunciou os resultados previsionais de 2011, onde apresentou uma quebra de 2,8% da electricidade distribuída em Portugal.
BES soma 4%
A impedir uma maior queda da bolsa portuguesa está o BES, que continua a avançar em força. O banco sob comandado de Ricardo Salgado valoriza 3,96% para 1,601 euros, enquanto que o BPI soma 1,97% para 0,57 euros. Ambos estão a somar terreno, mesmo depois do corte de “rating” de ontem pela Standard & Poor’s. O BCP segue inalterado nos 0,179 euros.
Nas telecomunicações, a Portugal Telecom está também a impedir um maior deslize da praça portuguesa. A operadora ganha 0,77% para 4,339 euros, com uma valorização inferior a 1%, que registava no início do ano.
A Zon, pelo contrário, cai 1,16% para 2,558 euros, enquanto que a Sonaecom resvala 0,54% para 1,286 euros.
Nota positiva para a Jerónimo Martins, que ganha 0,19% para 13,125 euros, contrariando o deslize de 0,86% para 0,46 euros da Sonae.
