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Stoxx 600 termina dia inalterado mas fecha fevereiro com saldo positivo
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Stoxx 600 termina dia inalterado mas fecha fevereiro com saldo positivo
As bolsas europeias encerraram a negociação desta quinta-feira mistas. Depois de ontem terem terminado o dia pintadas de vermelho, as ações foram hoje ligeiramente impulsionadas por um maior otimismo quanto ao "timing" em que o Banco Central Europeu (BCE) vai começar a descer os juros à boleia de um recuo da inflação em vários países europeus.
Na maior economia da Europa, a Alemanha, a taxa de inflação homóloga desacelerou para 2,5% em fevereiro, menos quatro décimas que em janeiro (2,9%) e um mínimo desde junho de 2021.
O Stoxx 600, referência para a região, terminou o dia inalterado nos 494,61 pontos. No acumulado do mês de fevereiro, a valorização foi de 1,84%, com o índice a registar o quarto mês consecutivo de subidas. Trata-se da maior série de ganhos desde 2021.
Dos 20 setores que compõem o índice, o dos media foi o que mais valorizou (0,86%) e o alimentar o que mais perdeu (também 0,86%).
Entre as principais movimentações, a Grifols deslizou 34,9% para 7,58 euros, após ter anunciado uma queda dos lucros em 2023 devido a custos de reestruturação e despesas mais elevadas, e a ams-OSRAM recuou 38,9% para 1,35 francos suíços, penalizada pelo cancelamento de um projeto com a Apple.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 subiu 0,44%, o britânico FTSE 100 valorizou 0,07% e o AEX, em Amesterdão, registou ganhos de 0,12%. Já o francês CAC-40 cedeu 0,34%, o espanhol Ibex 35 recuou 0,67% e o italiano FTSE Mib deslizou 0,11%.
Juros aliviam na Zona Euro com recuo da inflação
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta quinta-feira, o que sinaliza uma maior aposta dos investidores em obrigações. Isto num dia em que o recuo da inflação em vários países da região, entre os quais a Alemanha, maior economia europeia, deu força à ideia de que o Banco Central Europeu (BCE) poderá começar a descer os juros mais cedo do que o antecipado.
Os economistas esperam que a inflação na região da moeda única, que será conhecida amanhã, mostre um abrandamento para os 2,5% em fevereiro (valor que compara com 2,8% em janeiro).
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos desceu 4,9 pontos base para 3,105% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, aliviou 4,8 pontos para 2,408%.
A rendibilidade da dívida soberana francesa cede 4,2 pontos base para 2,883%, a da dívida espanhola caiu 5,1 pontos para 3,284% e a da dívida italiana desceu 4,1 pontos para 3,836%.
Fora da Zona Euro, os juros das gilts britânicas, também a dez anos, cederam 6,1 pontos base para 4,119%.
Petróleo inverte para ganhos com mira nas reservas de gasolina
As cotações do "ouro negro" estavam a ceder ligeiramente nos princpais mercados internacionais, ainda pressionados pelo aumento acima do esperado dos stocks de crude nos EUA, mas já conseguiram inverter para terreno positivo, ainda que com subidas marginais.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,17% para 78,67 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,01% para 83,69 dólares.
A penalizar o petróleo tem estado o anúncio de que as reservas norte-americanas de crude aumentaram em 4,2 milhões de barris na semana passada, quando as estimativas apontavam para um incremento de 2,74 milhões de barris.
No entanto, os inventários de gasolina e de destilados diminuíram – e os investidores estão agora a ver o mercado por esse prisma e a revelarem-se um pouco mais otimistas, devido sobretudo ao aumento da procura por gasolina.
No acumulado do mês, o WTI e o Brent ganham em torno de 4%.
Ouro valoriza com subida do indicador favorito da Fed
O ouro atingiu máximos de um mês, após os números da inflação na ótica da despesa dos consumidores subirem em janeiro, o que reforçou o seu estatuto de valor-refúgio procurado como cobertura contra a inflação.
O metal amarelo sobe 0,64% para 2.047,53 dólares por onça.
O índice de preços com gastos no consumo pessoal (PCE), considerado pelos analistas como o indicador favorito da Fed relativamente à evolução dos preços, cresceu 2,8% em janeiro, mostraram novos dados.
Estes valores ajudaram o metal precioso a valorizar até 0,8% para o preço intradiário mais alto desde 2 de fevereiro.
As atenções dos "traders" vão estar agora viradas para o discurso semestral do presidente da Fed, Jerome Powell, perante o Congresso norte-americano, aguardado a partir de 6 de março.
Euro ganha face ao dólar
O euro está a valorizar face à divisa norte-americana, num dia em que novos dados confirmam a narrativa de que a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos não vai começar a descer os juros antes de junho.
O indicador PCE, que mede as despesas do consumo privado, registou uma subida homóloga de 2,8% em janeiro e de 0,4% face ao mês anterior. Apesar de em linha com as estimativas dos analistas, mostra que o caminho para a meta de uma inflação de 2% anualmente ainda não está terminado. E isso está a levar a uma ligeira queda do dólar.
A moeda única da Zona Euro sobe 0,11% para 1,0850 dólares. O euro ganha, assim, apesar de hoje terem sido conhecidos os dados da inflação de fevereiro, que mostram um abrandamento do aumento dos preços para 2,1%, o que dá força à ideia de que a luta do Banco Central Europeu está a surtir efeito e que a descida dos juros poderá começar antes do estimado.
A nota verde perde também 0,11% face ao iene e 0,06% perante a libra. Já perante o franco suíço, que é também visto como um ativo-refúgio, avança 0,06%.
Wall Street em alta com indicador de inflação favorito da Fed em linha com o esperado
Os principais índices em Wall Street abriram em alta esta quinta-feira, com os investidores a avaliarem o indicador favorito a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos para a inflação: o PCE (despesas do consumo privado) de janeiro que fica em linha com o esperado.
O S&P 500, referência para a região, avança 0,47% para 5.093,71 pontos, o industrial Dow Jones soma 0,21% para 39.031,41 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,83% para 16.079,51 pontos.
Um relatório divulgado pelo departamento de Comércio dá conta que o indicador PCE aumentou 0,3% face a dezembro e 2,4% face a janeiro do ano passado.
Os "traders" vão assim reforçando as expectativas de que o primeiro corte das taxas de juro de referência pela Fed aconteça em junho.
"(Os dados) devem reforçar o otimismo dos investidores quanto à robustez da economia... a Reserva Federal tem feito um trabalho muito importante a controlar a inflação e, se não estamos atualmente num 'soft landing', está para breve", explicou à Reuters o fundador da Andersen Capital Management, Peter Andersen.
Média da Euribor volta a descer a 3 meses, mas sobe a 6 e 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a quarta-feira e a média de fevereiro voltou a cair a três meses, mas subiu nos dois prazos mais longos.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,937%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,908%) e da taxa a 12 meses (3,749%).
A média da Euribor em fevereiro desceu 0,002 pontos para 3,923% a três meses (contra 3,925% em janeiro), mas subiu 0,009 pontos para 3,901% a seis meses (contra 3,892%) e 0,062 pontos para 3,671% a 12 meses (contra 3,609%).
Em janeiro, a média da Euribor desceu 0,010 pontos para 3,925% a três meses (contra 3,935% em dezembro), 0,035 pontos para 3,892% a seis meses (contra 3,927%) e 0,070 pontos para 3,609% a 12 meses (contra 3,679%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, subiu hoje para 3,749%, mais 0,001 pontos do que na quarta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje, para 3,908%, menos 0,007 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu hoje, ao ser fixada em 3,937%, menos 0,005 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 07 de março.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
*Lusa
Europa em alta. Atenções centradas em dados económicos dos dois lados do Atlântico
Os principais índices europeus abriram a negociar em terreno positivo, com os investidores a aguardarem uma leitura do índice de inflação nos Estados Unidos, o favorito da Reserva Federal que, segundo os analistas, deverá mostrar que os preços aumentaram em janeiro, acelerando pelo ritmo mais rápido em mais de um ano.
Pelo Velho Continente, as atenções estão nos números da subida dos preços na Alemanha, Espanha e França, em fevereiro.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,33% para 496,24 pontos. A registar os maiores ganhos está o setor do retalho que ganha mais de 1%, seguido pelo de media e do imobiliário.
Entre os principais movimentos de mercado está a Ocado, que sobe 0,9%, depois de a empresa ter revelado que está a fazer progressos em colocar em prática tecnologia automatizada e a trabalhar com retalhistas.
Já a Haleon ganha 6,98%, após ter revelado que os resultados melhoraram no último trimestre, ao passo que a AMS Osram tomba 39,11%, depois de ter revelado, de forma inesperada, que ia cancelar um projeto-chave.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax ganha 0,56%, o francês CAC-40 avança 0,07%, o italiano FTSEMIB ganha 0,46%, o britânico FTSE 100 sobe 0,3% e o espanhol IBEX 35 soma 0,14%. O lisboeta PSI avança 0,26%.
Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,23%.
Juros agravam-se na Zona Euro. Inflação na Alemanha, Espanha e França centra atenções
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se ligeiramente esta quinta-feira, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores nas obrigações.
Os investidores avaliam os números da inflação na Alemanha, Espanha e França que serão divulgados ao longo da manhã. Em fevereiro, os preços em França aumentaram 3,1% em termos homólogos, o valor mais baixo desde setembro de 2021.
Já em Espanha a inflação moderou-se para 2,8% face a fevereiro de 2022.
Na sexta-feira, o Eurostat divulga a subida dos preços na Zona Euro. Os analistas antecipam uma moderação de 2,8% para 2,5%.
Os juros da dívida portuguesa, espanhola, italiana, das Bunds alemãs, a dez anos, agravam-se em 1,2 pontos base para 3,167%, 3,347%, 3,889% e 2,469%, respetivamente
Já a "yield" da dívida francesa soma 1,3 pontos para 2,939%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica sobe 0,9 pontos base para 4,175%.
Ouro sobe à espera do indicador de inflação favorito da Fed. Dólar desvaloriza
O ouro está a valorizar ligeiramente esta quinta-feira, num dia em que todas atenções vão estar nos números da inflação na ótica da despesa dos consumidores, através do índice de preços com gastos no consumo pessoal, ou PCE, considerado pelos analistas como o indicador favorito da Reserva Federal (Fed) norte-americana, relativamente à evolução dos preços.
Os números de janeiro deverão assim permitir obter maior clareza relativamente a quanto poderão ter lugar os primeiros cortes de juros pela Fed.
O metal amarelo avança 0,12% para 2.037,09 dólares por onça.
"Os dados do PCE são significativos, com a possibilidade de um valor mais elevado penalizar o ouro, que está a negociar de forma contida e é surpreendente que se esteja a aguentar tão bem", explicou à Reuters, Kyle Rodda, analista da Capital.com.
Ainda a dar alguma força ao ouro está, no mercado cambial, uma desvalorização do dólar face às principais divisas rivais.
A divisa norte-americana recua 0,11% para 0,9217 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" contra 10 divisas rivais - perde 0,16% para 103,808 pontos, estando a negociar em mínimos desde 1 de fevereiro.
Petróleo desvaloriza com aumento dos "stocks" de crude e receios de menor procura nos EUA
Os preços do petróleo estão a desvalorizar nos mercados internacionais, penalizados por um aumento superior ao esperado dos "stocks" de crude nos Estados Unidos que está a gerar preocupações sobre uma desaceleração da procura.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, perde 0,25% para 78,34 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, desce 0,38% para 83,36 dólares por barril.
Os dois índices devem terminar fevereiro com um saldo positivo pelo segundo mês consecutivo.
"O aumento dos 'stocks' de crude está a aumentar a preocupação dos investidores relativamente a uma desaceleração da economia e menor procura nos Estados Unidos", resumiu à Reuters o analista Satoru Yoshida da Rakuten Securities.
"A antecipação de cortes de juros pela Fed que têm sido adiados também pesa no sentimento de mercado, uma vez que também poderá contribuir para uma menor procura", acrescentou.
Futuros da Europa inalterados à espera de números da inflação nos EUA. Ásia mista
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura sem tendência definida, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 inalterados.
Isto num dia em que são conhecidos os números da inflação, na ótica da despesa dos consumidores em janeiro, através do índice de preços com gastos no consumo pessoal, ou PCE, considerado pelos analistas como o indicador favorito da Reserva Federal (Fed) norte-americana, relativamente à evolução dos preços.
Os membros da Fed têm feito depender o curso da política monetária da evolução dos preços.
Na Ásia, a sessão fez-se mista, com as praças chinesas a recuperarem das quedas registadas na quarta-feira. O índice regional, agregador das praças da região - o MSCI Asia Pacific - está a caminho do melhor mês de fevereiro em nove anos e a negociar perto de máximos de abril de 2022.
A Alibaba esteve entre as maiores perdas ao desvalorizar mais de 1,5%, depois de ter anunciado o segundo corte de preços para os serviços na "cloud" em vários anos.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, soma 0,34% e o Shanghai Composite ganha 1,94%. Na Coreia do Sul, o Kospi recua 0,37% e no Japão, o Topix avança 0,03%, ao passo que o Nikkei cede 0,11%.