Notícia
Fusões & Aquisições arrastam bolsa para queda mensal de 3,5%
O PSI-20 depreciou 3,53% em Julho, num mês em que a evolução da praça nacional foi condicionada por três empresas – com um peso conjunto de 34% no índice – que estiveram envolvidas em operações de venda ou aquisições num valor superior a 2,5 mil milhões
02 de Agosto de 2004 às 08:09
A Semapa é obrigada pela CMVM a lançar uma OPA geral sobre a totalidade do capital da Portucel. O preço definido foi de 1,55 euros por acção, uma vez é o valor a que a Sonae aceita vender a sua participação de 25% na Portucel.
Os votos inerentes ao capital desta participação foram imputados à Semapa, através das opções de compra (à Sonae) e de venda (à Semapa) que os bancos CGD e BES detinham. Como a empresa de Queiroz Pereira adquiriu os 30% da Portucel que o Estado alienou em concurso, a percentagem de votos excedeu os 50%, valor a partir do qual é obrigatório lançar OPA. Na passada segunda-feira, o pedido de registo da OPA foi efectuado na CMVM.
BCP fecha venda da SeP após dois anos de conversações
O BCP desfecha a alienação do braço segurador do grupo, a Seguros e Pensões (SeP), vendendo a totalidade das companhias do negócio não vida à Caixa Geral de Depósitos, por 343 milhões de euros, e alienando 50% do capital de mais quatro companhias da sua unidade de seguros, ao banco belga holandês Fortis, por 500 milhões de euros.
Com estas operações, o banco de Jardim Gonçalves garante uma mais valia no valor de 367 milhões de euros. A Caixa vai pagar em dinheiro 70% do valor quando a operação for concretizada, tendo acordado a alienação de 110 milhões de acções do banco, ou 3,37% do capital do BCP, e o restante no prazo de três anos, acrescido de juros.
EDP aumenta participação na Hidrocantábrico para 95,7%
A EDP anunciou a realização de um aumento de capital de 1,2 mil milhões de euros, com vista a comprar a posição da EnBW, da Cajastur e da Cáser na Hidrocantábrico, cujo investimento ascenderá a 1,195 mil milhões de euros e eleva a posição EDP na quarta maior eléctrica espanhola para 95,7%.
À EnBW e à Cáser a EDP paga em dinheiro, enquanto à Cajastur dá em troca de 5,4 a 5,8% do seu capital. Tal como o BCP, a EDP escolheu o dia da divulgação de resultados para anunciar o negócio, o que provocou primeiro uma subida da cotação da acção, seguida de uma descida abrupta, com os investidores a penalizarem o título, devido à necessidade de financiamento.
