A Euronext não quer ficar para trás. E depois de alcançada a fusão da LSE com a Deutsche Börse, a gestora de mercados europeia contratou bancos para que procurem alternativas que a mantenham no "jogo". Há, para já, três opções "em cima da mesa", sendo uma delas uma parceria com a bolsa de Madrid.

O jornal francês Les Echos revela esta quarta-feira, 16 de Março, que a Euronext tem duas instituições financeiras a trabalhar para a ajudarem a delinear um plano estratégico tendo em conta o panorama de um mercado que está a mexer: a fusão da fusão da LSE com a Deutsche Börse vai criar uma mega bolsa europeia.

Há três opções a serem ponderadas, sendo que uma das que tem mais destaque, no momento, é a parceria com a bolsa de Madrid. Fonte próxima da gestora dos mercados de Lisboa, Paris, Amesterdão e Bruxelas, diz que "de momento não há avanços concretos, mas os canais de comunicação permanecem abertos". A Bolsas y Mercados Espanoles está a subir 4,93% para 28,545 euros, mas já esteve a subir mais de 5%. A gestora, contactada pela Bloomberg, não comenta.

Esta opção daria mais escala à Euronext, sendo que os analistas lembram também que a bolsa de Milão poderá ser separada da mega bolsa agora criada com o negócio confirmado esta quarta-feira, 16 de Março, pela LSE e a Deutsche Börse. Mas além de mais mercados, a Euronext pode optar por focar-se noutras vertentes do negócio.

O jornal francês afirma que a Euronext poderá procurar reforçar a infra-estrutura dos mercados em áreas como as plataformas de pagamento e de custódia de títulos, mas uma terceira possibilidade poderá passar pelo foco no investimento em novas tecnologias de transacções, conhecidas como "block-chain".