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Fundos cortam investimento no BCP em mais de 60%

A instabilidade no Banco Comercial Português (BCP) levou muitos investidores a fugirem do capital do maior banco privado português. Esta fuga está bem evidente no facto de os fundos de investimento mobiliários terem baixado o investimento no BCP em mais d

11 de Fevereiro de 2008 às 18:28
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A instabilidade no Banco Comercial Português (BCP) levou muitos investidores a fugirem do capital do maior banco privado português. Esta fuga está bem evidente no facto de os fundos de investimento mobiliários terem baixado o investimento no BCP em mais de 60%, só no mês de Janeiro.

De acordo com as estatísticas reveladas hoje pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os fundos de investimento portugueses tinham 31,1 milhões de euros investidos em BCP, menos 60,6% do que no final do ano.

Esta queda está também relacionada com a desvalorização das acções em Janeiro, mas mostra que os gestores de fundos fugiram em força do BCP no último mês. A instabilidade nos mercados financeiros, que afecta sobretudo a banca, e a incerteza no maior banco privado português (foi em Janeiro que se realizou a AG que ditou a eleição da nova administração) explicam a venda de acções por parte dos fundos e outros investidores, o que tem motivado uma forte queda nos títulos.

Hoje o BCP fechou a cair mais de 5% e atingiu um mínimo desde 2004, com os investidores a temerem que o banco tenha que recorrer a um aumento de capital.

No final de Janeiro o BCP era o 10º título em que os fundos mais dinheiro tinham investido, quando em Dezembro era o sétimo, em Novembro o quarto. No mês de Outubro os mesmos fundos tinham 149,2 milhões de euros aplicados no BCP, o valor mais elevado entre todas as acções nacionais.

Mas não foi só o BCP onde os fundos retiraram dinheiro. De acordo com os dados hoje publicados pela CMVM, todas as 10 acções onde os fundos estão mais expostos, viram o investimento baixar.

A Galp Energia continua a ser o título preferido, apesar do investimento ter baixado 11,9%. Segue-se a EDP e a Zon Multimédia.

No total, os fundos cortaram o investimento em acções nacionais para 988,8 milhões de euros, menos 28,5% do que no final de 2007.

Em Janeiro de 2008 o valor sob gestão dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM) foi de 20,41 mil milhões de euros, que traduz um decréscimo de 7,2% relativamente ao mês anterior (21.985,7 milhões de euros).

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