Notícia
Fraude com ouro vendido no tempo da troika gera prejuízo de 24 milhões ao Estado
Principais arguidos que faziam parte da rede de 16 empresários envolvidos no esquema foram condenados a prisão efetiva. Só o líder do grupo causou, entre 2008 e 2012, um prejuízo de 16,3 milhões de euros ao Estado.
Negócios
18 de Agosto de 2021 às 09:15
O Estado foi lesado em cerca de 24 milhões de euros com um esquema de fraude fiscal com ouro vendido no período de intervenção da troika em Portugal. Segundo o Jornal de Notícias, os dois empresários envolvidos no processo foram sentenciados com penas de prisão efetiva, de dez e de cinco anos, e os restantes membros foram condenados a devolver parte do dinheiro recebido de forma ilícita, tendo ficado assim com penas suspensas.
Os dois seriam os líderes, mas a rede contava com 16 empresários que atuavam na região norte do país. Esta terá passado, segundo o Tribunal de Matosinhos, mais de 64 milhões de euros de faturas falsas. Só o líder do grupo, residente na Maia, chegou a abrir 53 estabelecimentos de compra e venda de ouro espalhadas por todo o país e, entre 2008 e 2012, causou um prejuízo de 16,3 milhões de euros ao Estado.
O ouro comprado nas lojas detidas pelo líder da rede de empresários raramente era declarado e seguia para Matosinhos, onde estava a sede da empresa Tesouros Perdidos, que negociava diretamente com os exportadores. O ouro seguia depois para a Bélgica, onde as transações eram devidamente declaradas, já que as empresas internacionais exigiam a devida documentação para o efeito.
Os dois seriam os líderes, mas a rede contava com 16 empresários que atuavam na região norte do país. Esta terá passado, segundo o Tribunal de Matosinhos, mais de 64 milhões de euros de faturas falsas. Só o líder do grupo, residente na Maia, chegou a abrir 53 estabelecimentos de compra e venda de ouro espalhadas por todo o país e, entre 2008 e 2012, causou um prejuízo de 16,3 milhões de euros ao Estado.