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Fitch: Turbulência nos mercados não é ameaça, mas sim "correcção"

A agência de notação financeira considera que a recente turbulência resulta do ajustamento das expectativas para a evolução dos juros nos Estados Unidos.

14 de Fevereiro de 2018 às 15:15
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Para a agência de notação financeira Fitch, a recente turbulência nos mercados financeiros não representa uma ameaça, mas apenas uma correcção, resultante do ajustamento das expectativas para a evolução dos juros nos Estados Unidos.

 

Num relatório citado pelo Expansión, a agência de rating diz que "há poucas possibilidades" de a economia mundial descarrilar, o que propiciou a correcção de uma visão "demasiado optimista" sobre os juros nos Estados Unidos e provocou uma subida dos juros das obrigações a nível global e uma forte turbulência nos mercados accionistas.

 

A Fitch explica que os dados recentes mostram que a economia está a recuperar de forma mais sólida do que o previsto, apoiada pelo crescimento do investimento e do comércio mundial, e pelas condições financeiras favoráveis, o que exerce pressão sobre a inflação e, consequentemente, tem implicações ao nível da política monetária.

 

"Uma recuperação mais forte do que o esperado da economia implica uma mudança maior no equilíbrio dos riscos da inflação, com implicações na política monetária. Isto provocou uma subida dos juros das obrigações globais e a volatilidade dos mercados accionistas", refere a Fitch, citada pela publicação espanhola. "Vemos isto como uma correcção de uma visão demasiado optimista sobre as perspectivas para os juros nos Estados Unidos".

 

A agência de rating defende ainda que a subida dos preços do petróleo, na sequência dos esforços da OPEP para travar o excedente global e da queda das reservas de crude norte-americanas acrescenta mais riscos à inflação global. "Existem riscos altistas na nossa previsão de preços do petróleo Brent para 2018", sustenta a Fitch.

 

Os receios em torno do crescimento dos preços nos Estados Unidos foram confirmados esta quarta-feira, com a divulgação dos números que mostram que o índice de preços no consumidor cresceu 0,5% em Janeiro face a Dezembro, quando os analistas antecipavam um crescimento de 0,3%.

 

Os dados tornam, por isso, mais provável que a Reserva Federal dos Estados Unidos acelere a normalização dos juros. Por outro lado, para a Fitch, o BCE "parece cada vez mais confiante na recuperação económica e reconheceu a recente aceleração dos salários, apesar de a inflação subjacente continuar abaixo da zona de conforto do banco".

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