Notícia
Fim dos estímulos monetários do BCE pode mesmo bater à porta em março
A retirada completa de estímulos monetários por parte do banco central pode chegar em março do próximo ano, altura em que se prevê que termine o programa de compras de dívida extraordinário.
O Banco Central Europeu (BCE) poderá terminar os seus estímulos de emergência em março do próximo ano, altura em que o prazo de validade do PEPP, o programa de compra de ativos criado para atacar a pandemia, também caduca, e não continuar a comprar dívida adicional ao abrigo do pacote de compra tradicional, de acordo com Robert Holzmann, presidente do Banco da Áustria.
Holzmann acrescenta que os mercados podem estar certos em não precificar um aumento de compras à luz do APP (Asset Purchase Programme), o programa de compras tradicional, de forma a compensar o término do pacote extraordinário, que chegou a ser falado por vários analistas, como uma boa opção
"É assim que o mercado vê isso e acho que está a fazer a avaliação certa", diz Holzmann, membro do Conselho de Governadores do BCE, adiantando que "parece que o fim [dos estímulos] é em março".
Ainda assim, considera que a pandemia está longe de acabar e este cronograma ainda pode mudar quando o BCE fizer uma avaliação mais profunda em setembro, quando serão feitas novas projeções macroeconómicas por parte do corpo técnico.
O BCE não se quer deixar influenciar pela Reserva Federal dos EUA, até porque considera ser "prematuro e desnecessário" falar em abrandar os apoios, de acordo com Philip Lane, economista-chefe do BCE. Para já, a líder Christine Lagarde compromete-se a manter a bazuca a funcionar e não prevê qualquer aumento de juros. O PEPP, o programa de compra de ativos criado por causa da atual pandemia, tem um envelope total de 1,85 biliões de euros para gastar e Lagarde comprometeu-se a acelerar o ritmo de compras mensais até ao fim.
A instituição optou ainda por alargar o alívio de exigências de capital concedido aos bancos da região até março de 2022, coincidindo com o prazo estabelecido também para o PEPP. Assim, os bancos podem continuar a excluir alguns ativos no cálculo do rácio de alavancagem, o que facilita a concessão de crédito.
Holzmann acrescenta que os mercados podem estar certos em não precificar um aumento de compras à luz do APP (Asset Purchase Programme), o programa de compras tradicional, de forma a compensar o término do pacote extraordinário, que chegou a ser falado por vários analistas, como uma boa opção
Ainda assim, considera que a pandemia está longe de acabar e este cronograma ainda pode mudar quando o BCE fizer uma avaliação mais profunda em setembro, quando serão feitas novas projeções macroeconómicas por parte do corpo técnico.
O BCE não se quer deixar influenciar pela Reserva Federal dos EUA, até porque considera ser "prematuro e desnecessário" falar em abrandar os apoios, de acordo com Philip Lane, economista-chefe do BCE. Para já, a líder Christine Lagarde compromete-se a manter a bazuca a funcionar e não prevê qualquer aumento de juros. O PEPP, o programa de compra de ativos criado por causa da atual pandemia, tem um envelope total de 1,85 biliões de euros para gastar e Lagarde comprometeu-se a acelerar o ritmo de compras mensais até ao fim.
A instituição optou ainda por alargar o alívio de exigências de capital concedido aos bancos da região até março de 2022, coincidindo com o prazo estabelecido também para o PEPP. Assim, os bancos podem continuar a excluir alguns ativos no cálculo do rácio de alavancagem, o que facilita a concessão de crédito.