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Fidelity não ficará "surpreendida" com correcção dos mercados
O gestor da Fidelity International, Jorma Korhonen afirma que não ficaria surpreso se o "rally" de quatro ano dos mercados accionistas mundiais chegasse ao fim. Na opinião do Korhonen, os investidores estão demasiado optimistas e não estão a medir correct
O gestor da Fidelity International, Jorma Korhonen afirma que não ficaria surpreso se o "rally" de quatro anos dos mercados accionistas mundiais chegasse ao fim. Na opinião do Korhonen, os investidores estão demasiado optimistas e não estão a medir correctamente os riscos.
Jorma Korhonen, que tem a seu cargo a gestão do Global Special Situations Fund, afirma que os investidores estão a correr demasiados riscos nas aplicações que fazem, corroborando a sua visão com os muitos milhões de dólares que os fundos Fidelity China e América Latina têm atraído.
"As pessoas estão muito optimistas", afirmou Korhonen em entrevista citada pela agência Bloomberg, acrescentando que "não ficaria surpreso se os mercados accionistas mundiais entrassem em correcção".
O Morgan Stanley Capital International Word Index, conhecido por MSCI, disparou praticamente 90% durante os últimos quatro anos. Só nos últimos nove meses de 2006, e a título de exemplo, Korhonen afirma que os investidores britânicos duplicaram o montante investido nos fundos que replicam o índice.
Dado o forte crescimento dos índices, é cada vez mais difícil para os gestores de fundos conseguirem obter uma rendibilidade superior. Ainda assim, no último trimestre de 2006, o Global Special Situations Fund ganhou 5,3%, mais que o retorno de 3,4% obtido pelo MSCI.
Apesar da boa performance, e dada a perspectiva de uma eventual correcção dos mercados, Korhonen solicitou aos accionistas autorização para realizar investimentos que lhe permitissem beneficiar da quedas das acções, através das chamadas "posições curtas".
Em caso de correcção, o gestor conseguiria realizar dinheiro e limitar a queda do fundo que lidera. Jorma Korhonen afirma que "se eu considerar que existe a possibilidade de uma correcção, o mais prudente a fazer é ‘comprar’ protecção".
Ainda assim, o gestor acrescenta: "não quero mesmo que o mercado inverta, porque este é um trabalho que não é divertido quando estamos numa toada descendente".
Apesar de ter obtido a permissão para tomar "posições curtas", Korhonen recusou revelar à Bloomberg se tinha assumido essas posições no fundo de investimento que actualmente gere.