Notícia
Fed sob pressão após escândalo de "trading" que levou à saída de dois governadores
O banco central norte-americano aumentou o escrutínio feito aos seus funcionários depois de dois governadores de instituições regionais se terem demitido, por estarem a negociar na bolsa de valores.
Em Washington, dentro das paredes do edifício da Reserva Federal dos EUA, vive-se uma das maiores crises reputacionais dos 107 anos da sua história, numa altura em que se tenta "limpar" toda a atividade de investimentos na bolsa de valores entre todos os funcionários do banco central.
Agora, a autoridade bancária chamou advogados, antigos membros e especialistas em ética laboral para apertar as restrições aos atuais membros, após o escândalo que levou à demissão de Robert Kaplan, antigo governador do banco de Dallas, e Eric Rosengren, líder do banco central de Boston. A pressão surge também de fora, com a democrata Elizabeth Warren a apelar à ação imediata do regulador de mercados norte-americano, a Securities and Exchange Commission.
Em causa estiveram os investimentos que ambos tinham em ações norte-americanas, abrindo um fosso ético dentro do banco central norte-americano. A meio de setembro, Kaplan e Rosengren disseram que iriam vender todos os seus portfólios até ao final do mês, depois de um escrutínio feito pela autoridade bancária. Ainda assim, os dois governados optaram por se demitir por conflito de interesses.
Mas o escrutínio pode atingir ainda outros membros da instituição, como é o caso de Richard Clarida, vice-presidente da Fed, que transferiu 5 milhões de dólares de um fundo de obrigações para um fundo de ações, um dia antes de Jerome Powell, líder do banco central, ter sugerido uma alteração de política monetária para fazer face à pandemia, em fevereiro de 2020. A senadora Warren pediu uma investigação sobre este caso.
Kaplan detinha cerca de 1 milhão de dólares em 27 empresas públicas, fundos e alternativos investimentos, enquanto que Rosengren tinha, pelo menos, 151 mil dólares investidos em quatro fundos de investimento imobiliário.
O supervisor do governo norte-americano, que fiscaliza Quadro de Governadores da Fed, está agora a investigar todos os membros do banco central para limpar a sua imagem desta "chocante e dolorosa" controvérsia, como descreveu um ex-diretor da Reserva Federal, segundo o Financial Times. Agora, poderá estar para breve uma redefinição das regras de negociação em bolsa aplicadas a cada funcionário.
Agora, a autoridade bancária chamou advogados, antigos membros e especialistas em ética laboral para apertar as restrições aos atuais membros, após o escândalo que levou à demissão de Robert Kaplan, antigo governador do banco de Dallas, e Eric Rosengren, líder do banco central de Boston. A pressão surge também de fora, com a democrata Elizabeth Warren a apelar à ação imediata do regulador de mercados norte-americano, a Securities and Exchange Commission.
Mas o escrutínio pode atingir ainda outros membros da instituição, como é o caso de Richard Clarida, vice-presidente da Fed, que transferiu 5 milhões de dólares de um fundo de obrigações para um fundo de ações, um dia antes de Jerome Powell, líder do banco central, ter sugerido uma alteração de política monetária para fazer face à pandemia, em fevereiro de 2020. A senadora Warren pediu uma investigação sobre este caso.
Kaplan detinha cerca de 1 milhão de dólares em 27 empresas públicas, fundos e alternativos investimentos, enquanto que Rosengren tinha, pelo menos, 151 mil dólares investidos em quatro fundos de investimento imobiliário.
O supervisor do governo norte-americano, que fiscaliza Quadro de Governadores da Fed, está agora a investigar todos os membros do banco central para limpar a sua imagem desta "chocante e dolorosa" controvérsia, como descreveu um ex-diretor da Reserva Federal, segundo o Financial Times. Agora, poderá estar para breve uma redefinição das regras de negociação em bolsa aplicadas a cada funcionário.