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Europa tem “exposição direta limitada” à crise do Evergrande, garante Lagarde
O Banco Central Europeu está “a monitorizar” a situação do gigante imobiliário Evergrande, mas a presidente da instituição europeia aponta que o velho continente tem uma “exposição direta limitada” a esta crise.
Em entrevista à estação televisiva CNBC, Christine Lagarde afirma que a Europa tem uma "exposição direta limitada" à crise do Evergrande. O gigante imobiliário chinês tem estado no radar dos mercados desde que anunciou que está numa débil situação financeira, sem capacidade para enfrentar as dívidas.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE) afirma à CNBC que a instituição está atenta aos desenvolvimentos vindos da China. "Estamos a monitorizar e já tive um "briefing" sobre o tema porque acho que todos os mercados financeiros estão ligados".
"Tenho memórias muito vívidas dos últimos desenvolvimentos dos mercados na China que tiveram um efeito em todo o mundo. Mas na Europa e na Zona Euro, em particular, a expressão direta seria limitada", diz Christine Lagarde.
Questionada sobre a possibilidade de o BCE estar preparado para um eventual cenário em que se torne necessário agir em caso de colapso do Evergrande, Lagarde refere que neste momento "aquilo que estamos a ver é um impacto e exposição centrado na China". Ainda assim, a líder do BCE refere que "não pode falar pelos Estados Unidos mas que pode afirmar que a exposição direta da Europa é limitada".
As palavras de Christina Lagarde aproximam-se das declarações de Jerome Powell, o líder da Reserva Federal dos EUA, que afirmou que "não há muita exposição direta dos Estados Unidos".