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Euronext Lisbon cai pressionada pela EDP e Galp

A Euronext Lisbon encerrou a sessão a cair 0,07%, pressionada pelas quedas da EDP e da Galp, num dia em que o feriado nacional não teve um impacto significativo na liquidez da bolsa.

01 de Novembro de 2006 às 17:32
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A Euronext Lisbon encerrou a sessão a cair 0,07%, pressionada pelas quedas da EDP e da Galp, num dia em que o feriado nacional não teve um impacto significativo na liquidez da bolsa.

O PSI-20 [psi20] encerrou nos 10.508,49 pontos, com 11 acções a cair, cinco a valorizar e quatro inalteradas. O volume negociado superou os 124 milhões de euros, num dia que se previa de fraca liquidez devido ao feriado do "Dia de Finados".

A EDP e o BCP lideraram a liquidez do índice, negociando, em conjunto, perto de 20 milhões de acções. Fora do índice principal, a Gescartão disparou depois de ontem ter sido alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Europac.

A Energias de Portugal (EDP) [edp], que ontem caiu mais de 1%, voltou hoje a recuar, tendo encerrado o dia a deslizar 0,28% para os 3,51 euros. Nem mesmo um "research" favorável da casa de investimento UBS foi suficiente para impedir as quedas da eléctrica portuguesa.

Segundo o banco de investimento, a avaliação da EDP pode subir 0,02 e 0,04 euros por cada acção com a vitória, por parte do consórcio Eólicas de Portugal liderado pela EDP, de um contrato para a instalação de 1.200 megawatts (MW) de potencia eólica.

Apesar da queda das acções, a EDP foi o papel mais negociado ao longo da sessão, com mais de 11,19 milhões de títulos a mudarem de mãos.

A Galp [galp pl], que entrou esta segunda-feira para o PSI-20 com um peso superior a 2% no cabaz, também contribuiu para o deslize do índice de referência nacional, ao cair 0,83% para os 5,94 euros.

A Sonaecom [snc] liderou, em termos de variação percentual, as quedas do PSI-20 ao recuar 1,17% para os 5,08 euros por acção. Por seu lado, a "holding" de Belmiro de Azevedo [son] subiu 0,67% para os 1,5 euros. A Lisbon Brokers cortou hoje a recomendação para a Sonae SGPS passando de "forte compra" para "compra", justificando a revisão com o desempenho recente das acções, apesar de reiterar que a empresa é uma das suas "Top Picks" em Portugal.

A Brisa [brisa] recuou 0,92% para os 8,58 euros, tendo chegado a cair um máximo de 1,39% ao longo do dia, depois de ontem ter anunciado uma queda de 17% dos resultados dos primeiros nove meses.

A impedir uma queda mais acentuada do PSI-20 esteve a Portugal Telecom que subiu 0,2% para os 9,78 euros, enquanto a participada PT Multimédia deslizou 0,21% para os 9,48 euros.

Ontem a PT disse considerar que os remédios negociados entre a Autoridade da Concorrência (AdC) e a Sonaecom não impedem o reforço de posições dominantes no mercado, não garantem o desenvolvimento das comunicações electrónicas e não implicam melhores condições para o

Já a Sonaecom afirmou que em caso de sucesso da OPA terá os mesmos direitos que a PT detém actualmente na PTM, e que está "consciente" da necessidade de desblindar os estatutos da Multimédia para avançar com a eventual venda da empresa. Fonte da empresa lembrou ao Negócios que "também a PT precisa de o fazer para avançar com o prometido ‘spin-off’".

Na banca, o Banco BPI [bpin] subiu 0,17% para os 5,96 euros, o Banco Espírito Santo (BES) [besnn] valorizou 0,4% para os 12,47 euros e o BCP encerrou inalterado nos 2,55 euros. O BCP foi o segundo título mais negociado do PSI-20, com mais de 8,48 milhões de títulos transaccionados.

Fora do PSI-20, a Gescartão [gct] fechou a sessão a subir 4,31% para os 22,01 euros, depois de ter chegado a somar mais de 10% ao longo do dia. As acções foram impulsionadas pelo lançamento da OPA por parte da Europac.

Ontem a Europac anunciou o lançamento de uma OPA, oferecendo 3,5 acções da oferente por cada uma da Gescartão. A oferta dirige-se a 3.051.644 acções da Gescartão, representativas de 15,3% do capital social da empresa portuguesa de embalagem.

A Reditus [red], que saiu esta semana do PSI-20 para dar lugar à Galp, subiu hoje no mercado bolsista, pela primeira vez desde 20 de Outubro. A tecnológica valorizou 1,78% para os 3,44 euros, depois de ter chegado a subir mais de 2% ao longo do dia.

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