A moeda única da Zona Euro seguia pouco alterada, mas acima dos 1,57 dólares, com a expectativa de descida de juros na economia dos EUA, que tem vindo a acumular sinais de enfraquecimento. A beneficiar o euro está a reunião de amanhã do Banco Central Europeu (BCE), onde deverá ser mantido o juro de referência na região.

O euro [eur] seguia a valorizar 0,03% para os 1,5716 dólares, a beneficiar das expectativas de que o BCE deverá manter a taxa de juro inalterada enquanto que a Reserva Federal (Fed) norte-americana poderá cortar os seus juros de referência.

Foram ontem conhecidas as minutas da última reunião da Fed, que revelaram que a autoridade monetária norte-americana considera que a actividade económica do país pode entrar em contracção no primeiro semestre do ano. Os responsáveis demonstram-se ainda preocupados com uma possível recessão "prolongada e severa".

Os responsáveis da Fed acrescentaram ainda que "reviram substancialmente em baixa" as suas previsões para o crescimento económico do país. Porém, as previsões para o segundo semestre apontam para "alguma recuperação".

Estes dados apontam para um novo corte de juros por porte da Fed por forma a estimular a economia norte-americana e evitar que esta entre em recessão. Desde Setembro do ano passado, depois da crise de crédito se ter instalado no mercado, a autoridade monetária dos EUA reduziu os juros dos 5,25% para os actuais 2,25%.

Por outro lado, foi hoje divulgado pelo Eurostat que o produto interno bruto (PIB) da Zona Euro, no quarto trimestre de 2007, cresceu 0,4%, face aos três meses anteriores.

Apesar do consumo das famílias ter diminuído 0,1% no quarto trimestre, o investimento aumentou em 0,8%. Também as exportações da Zona Euro aumentaram enquanto que as importações diminuíram, o que beneficia a balança comercial da região.

Com estes dados, as expectativas sobre a manutenção da taxa de juro de referência na Zona Euro após a reunião de amanhã aumenta. O BCE tem mantido a taxa nos 4%, o valor mais alto de seis anos, como forma de controlo da inflação.

Com um possível corte de juros nos EUA e a manutenção na Zona Euro, o euro beneficia uma vez que os investimentos em dólares deixam de ser tão atractivos devido à redução do seu retorno.