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Euro ganha com receios de quebra nas exportações dos EUA

O euro valorizava 0,66% face ao dólar, com os mercados a recearem que as recentes valorizações da moeda norte-americana face às restantes divisas poderão prejudicar as exportações dos Estados Unidos (EUA).

10 de Julho de 2001 às 17:58
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O euro valorizava 0,66% face ao dólar, com os mercados a recearem que as recentes valorizações da moeda norte-americana face às restantes divisas poderão prejudicar as exportações dos Estados Unidos (EUA).

A moeda única cotava nos 0,8556 dólares e progredia 0,82% relativamente à divisa nipónica, ao negociar nos 107,32 ienes.

«A ideia da valorização do dólar não foi muito bem recebida pelos mercados porque poderia pôr em causa a recuperação da economia norte-americana», defendeu Maria Amélia Valverde, analista do Banco Espírito Santo (BES).

Desde o início deste ano, o dólar valorizou cerca de 9% face ao euro, um movimento que pode prejudicar as exportações dos Estados Unidos, na medida em que os preços dos produtos e serviços transaccionados para o exterior sofrem um agravamento decorrente da diferença cambial.

«Os EUA têm um défice externo muito elevado e o dólar forte acaba por ser prejudicial» a este nível, sustentou a mesma fonte.

O euro beneficiava também das expectativas de cortes de taxas na Zona Euro nos próximos tempos, com os mercados a «aguardarem uma descida da inflação em Junho», o que poderia facilitar a descida do preço do dinheiro por parte do Banco Central Europeu (BCE), segundo a analista do BES.

A inflação da zona da moeda única aumentou para os 2,9% em Maio, acima da meta de 2% traçada pelo BCE, uma situação que está a condicionar as decisões do BCE em termos de política monetária.

O presidente da autoridade monetária europeia, Wim Duisenberg, afirmou hoje que «o objectivo primordial do BCE é proteger o valor do euro», através do «controle da inflação», indiciando que a instituição coloca para segundo plano a questão do crescimento económico.

Desde o início deste ano, o BCE baixou a sua taxa directora por uma única vez, no dia 10 de Maio, em 25 pontos base para os actuais 4,5%, na tentativa de estimular a economia da Zona Euro.

A descida dos juros costuma estimular o investimento e o consumo, através da redução dos custos inerentes à contracção de empréstimos. No entanto, este movimento pode contribuir para o aumento das pressões inflacionistas, em função da subida da procura.

Cada euro vale 200,482 escudos.

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