O euro caminha para a primeira perda semanal das últimas 3 semanas com a desvalorização de hoje que foi provocada pela divulgação de dados do desemprego mais positivos que o esperado nos EUA, impulsionando a moeda do país.

Em Maio, as empresas cortaram menos 159.000 postos de trabalho do que em Abril, informou hoje o Departamento do Trabalho norte-americano. Esta é a menor quebra dos últimos oito meses. Estes dados vêm aumentar as expectativas de que a recessão da economia norte-americana poderá estar a abrandar, impulsionando a moeda do país.

O euro deverá fechar a semana com uma perda semanal de cerca de 1%, depois de duas semanas com valorizações. Esta semana, o euro chegou mesmo aos 1,4303 dólares, o valor mais alto desde o início de 2009.

Os ganhos do euro no início da semana foram provocados pelas expectativas sobre a reunião do Banco Central Europeu, uma vez que se previa que o banco não cortasse mais as taxas de juro, o que se confirmou.

As taxas mais altas na Zona Euro do que nos EUA tornam mais atractivos os investimentos em euros, uma vez que o seu retorno é maior do que os investimentos feitos em dólares.

Os analistas contactados pela Bloomberg prevêem que o euro caia para 1,34 dólares nos finais de Setembro deste ano e para 1,36 dólares no fim de 2009. Também o prémio Nobel da economia, Robert Mundell, disse que o “euro deverá cair substancialmente”.