O euro perdia 0,3% face ao dólar, depois de ter atingido hoje o nível mais baixo das últimas seis semanas, prejudicado pelas expectativas de recuperação da maior economia mundial nos próximos tempos.

A moeda única cotava nos 0,8893 dólares e seguia pouco alterada face à divisa nipónica, ao valorizar 0,05% para os 109,25 ienes.

O euro chegou a transaccionar nos 0,8870 dólares no decorrer da sessão de hoje, o valor mais baixo face à moeda norte-americana desde o dia 6 de Setembro.

Os analistas acreditam que a economia dos Estados Unidos (EUA) poderá encetar uma retoma mais cedo que o esperado, tendo em conta a evolução dos últimos indicadores económicos, o que estava a impulsionar o valor do dólar.

A divisa europeia estava ainda a ser prejudicada pelas expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) poderá manter a sua taxa de juro de referência inalterada na sua reunião de quinta-feira, o que poderá atrasar a recuperação da economia na zona da moeda única.

A taxa directora do BCE situa-se actualmente nos 3,75%, 75 pontos base abaixo dos níveis verificados no início do ano.

Os cortes realizados pela autoridade monetária europeia no preço do dinheiro comparam com a redução total de 400 pontos base efectuada pela Reserva Federal (FED) norte-americana desde o dia 3 de Janeiro, para os actuais 2,5%.

O presidente do BCE, Wim Duisenberg afirmou recentemente que aquela instituição «terá espaço» para efectuar alterações na sua política monetária quando a taxa de inflação europeia baixar dos 2%, sugerindo que não estão previstos novos cortes de juros até final do ano.

A inflação da Zona Euro situa-se actualmente nos 2,5%, devendo atingir a meta de 2% apenas no decorrer de 2002, segundo as previsões do BCE.

A descida dos juros costuma impulsionar o investimento e o consumo, através da redução dos encargos afectos à contracção de financiamentos por parte de particulares e empresas.

Cada euro vale 200,482 escudos.