A moeda europeia atingiu um novo máximo histórico face ao dólar, superando pela primeira vez a barreira dos 1,51 dólares. O euro acentuou os ganhos depois do presidente da Fed, Ben Bernanke, ter confirmado que está disponível para baixar mais os juros no país para evitar uma recessão.

A moeda única tem vindo a beneficiar da expectativa de que a Reserva Federal (Fed) dos EUA corte a taxa de juro do país de forma agressiva. Ben Bernanke, deu hoje indicações disso mesmo, quando se dirigiu ao Senado e confirmou estar disponível para reduzir ainda mais o preço do dinheiro.

A moeda da Zona Euro [EUR] negociou nos 1,5144 dólares, o valor mais alto desde que entrou em circulação, em 1999. O dólar desce pela quinta sessão consecutiva pelos receios de que o abrandamento da economia do país irá forçar a Fed a reduzir a sua taxa de juro de referência novamente.

Também a animar o euro estavam as declarações de Axel Weber, membro do Banco Central Europeu (BCE), que afirmou que os investidores que esperam um corte das taxas de juros estão a subestimar a inflação na Zona Euro, que não abrandará tanto como foi estimado.

Já ontem o euro atingiu um recorde depois dos dados económicos conhecidos nos EUA terem acentuado as preocupações com a "saúde" da economia do país e do vice-presidente da Fed, Donald Kohn, ter afirmado que a turbulência no mercado de crédito e a possibilidade da economia entrar em recessão, constituem uma "ameaça mais forte" do que a escalada da inflação.

Ao contrário do que tem acontecido nos EUA, na Europa os dados divulgados têm sido mais animadores, o que reduz as probabilidades de um corte de juros na região devido à elevada taxa de inflação, o que contribuiu para a valorização da divisa europeia face à americana.

O dólar também atingiu um mínimo histórico em relação ao franco suíço e um mínimo de 23 anos face ao dólar da Nova Zelândia.

O euro subia 1,05% para os 1,5132 dólares.