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ESFG desfaz-se de posição no Best ao vendê-la ao BES por 12 milhões de euros

Banco Espírito Santo passa a controlar 75% do capital social do Best, após venda de 9% do ESFG. O restante está nas mãos do dinamarquês Saxo Bank. Best está avaliado em 133 milhões de euros.

02 de Abril de 2014 às 17:48
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O Espírito Santo Financial Group já não tem qualquer posição no Banco Best. A participação de 9% que ainda detinha foi vendida ao Banco Espírito Santo por cerca de 12 milhões de euros.

 

"O Banco Espírito Santo, S.A. («BES») informa que, no dia 31 de Março de 2014, adquiriu à Espírito Santo Financial Group S.A. («ESFG») uma participação de 9% do capital social e direitos de voto do Banco BEST - Banco Electrónico de Serviço Total, S.A., no valor aproximado de 12 milhões de euros", informa o banco liderado por Ricardo Salgado em comunicado. O ESFG tinha já avançado com a informação num outro comunicado, embora sem referir o valor do negócio.

 

Após esta operação, o Banco Espírito Santo passou a ser detentor directo de três quartos (75%) do Best, instituição que se centra na oferta digital de serviços financeiros. Para isso, o BES também comprou a uma sociedade totalmente consolidada nas suas contas, a Espírito Santo Tech Ventures, a participação de 33,97% que esta detinha. A restante participação de 25% a juntar aos 75% do BES está nas mãos do dinamarquês Saxo Bank.

 

Best vale mais de 130 milhões de euros

 

O Best começou por ser um projecto conjunto do grupo BES com a Portugal Telecom, em 2001, num investimento inicial de 20 milhões de euros. A operadora desinvestiu no Best sete anos depois. Nessa altura, os 34% que alienou foram vendidos ao grupo BES por 16 milhões de euros. Em 2009, 25% do capital passou para as mãos do dinamarquês Saxo Bank, operação inserida numa parceria então delineada.

 

A participação de 9% agora negociada foi transaccioada por 12 milhões de euros, o que avalia todo o Best em cerca de 133 milhões de euros.

 

A operação em torno do Banco Electrónico de Serviço Total, realizada a 31 de Março, acontece numa altura em que o Grupo Espírito Santo está em reestruturação para separar completamente a área financeira da área não financeira do grupo, como impôs o Banco de Portugal.

 

Neste momento, é o ESFG que vai assumir o risco da exposição do segmento financeiro ao braço não financeiro (áreas como turismo, saúde, etc…), através do reconhecimento de uma provisão de 700 milhões de euros. O ESFG vende esta posição de 9% numa altura em que precisa de reforçar os seus rácios de solvabilidade.  

 

(Notícia actualizada às 18h50 com informações inseridas no comunicado enviado pelo BES à CMVM)

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