Notícia
Eni pronta para vender os 33% que detém na Galp (act1.)
Petrolífera nacional já esteve a cair mais de 3% na bolsa de Lisboa após a afirmação do CEO da italiana Eni. Processo de venda volta a andar depois da suspensão temporária em Abril do ano passado. E está pronta a vender ao preço de mercado.
O CEO da Eni, Paolo Scaroni, afirmou hoje que a empresa italiana está preparada para vender a sua posição de 33% na Galp Energia.
Scaroni declarou, citado pela Bloomberg, que está pronto para vender a Eni ao preço de mercado.
"No que diz respeito ao preço, vamos considerar um preço que tem em conta o mercado, não estamos preparados para vender abaixo do actual valor de mercado", afirmou Paolo Scaroni aos investidores.
O CEO da petrolífera italiana avaliou a sua participação entre 3,7 e 3,8 mil milhões de euros.
No fecho de ontem, a Galp apresentava uma capitalização bolsista de 10,8 mil milhões de euros, o que não chega a ser o triplo do número avançado por Scaroni na conferência de divulgação de resultados da empresa. O que quer dizer que a Eni avalia a participação com um prémio de cerca de 300 milhões de euros.
Além da venda dos 33% na Galp, a Eni anunciou, segundo a Bloomberg, que poderá vender parte das suas descobertas de gás natural em Moçambique. O anúncio acontece no dia em que a italiana divulgou uma descoberta "de grande dimensão" no país africano, num prospecto por si controlado e em que a Galp tem uma participação de 10%.
Processo de venda estava suspenso temporariamente há menos de um ano
A venda da participação da italiana na petrolífera portuguesa é um assunto recorrente e o processo esteve para avançar no ano passado.
Em Março de 2011, Scaroni afirmou que não seria preciso um “grande” prémio para vender a sua posição na petrolífera. A Sonangol era uma das empresas apontadas para ficar com essa participação, depois das negociações com a Petrobras terem encerrado.
Contudo, no mês seguinte, a Eni suspendeu o processo de alienação da sua participação de modo "temporário" devido à crise política que, então, se vivia em Portugal. Nessa altura, Portugal pediu ajuda externa ao FMI, Comissão Europeia e BCE.
A italiana indicou que esperava que o processo voltasse a andar até ao final de 2011, o que não veio a acontecer.
Scaroni declarou hoje, segundo a Bloomberg, que a Galp foi um "muito bom investimento". A participação na portuguesa foi adquirida a 964 milhões de euros, sendo que o investimento já deu os retornos, em dividendos e em benefícios fiscais, disse o CEO da companhia transalpina.
Acções caem mais de 2% em bolsa
Em bolsa, os títulos da empresa sob comando de Ferreira de Oliveira reagiram de modo negativo à notícia de que a Eni pode avançar agora com esse processo.
A Bloomberg avançou com a notícia às 14h41, minutos depois deu-se uma queda acentuada dos títulos. As acções chegaram a cair mais de 3%.
No fecho da sessão, os títulos desvalorizaram 2,2% para negociarem nos 12,77 euros. A capitalização bolsista de hoje cifrou-se em 10,6 mil milhões de euros.
(notícia actualizada às 15h43; notícia actualizada pela segunda vez às 15h56; notícia actualizada com cotações de fecho e citações de Ferreira de Oliveira às 16h56)
Scaroni declarou, citado pela Bloomberg, que está pronto para vender a Eni ao preço de mercado.
O CEO da petrolífera italiana avaliou a sua participação entre 3,7 e 3,8 mil milhões de euros.
No fecho de ontem, a Galp apresentava uma capitalização bolsista de 10,8 mil milhões de euros, o que não chega a ser o triplo do número avançado por Scaroni na conferência de divulgação de resultados da empresa. O que quer dizer que a Eni avalia a participação com um prémio de cerca de 300 milhões de euros.
Além da venda dos 33% na Galp, a Eni anunciou, segundo a Bloomberg, que poderá vender parte das suas descobertas de gás natural em Moçambique. O anúncio acontece no dia em que a italiana divulgou uma descoberta "de grande dimensão" no país africano, num prospecto por si controlado e em que a Galp tem uma participação de 10%.
Processo de venda estava suspenso temporariamente há menos de um ano
A venda da participação da italiana na petrolífera portuguesa é um assunto recorrente e o processo esteve para avançar no ano passado.
Em Março de 2011, Scaroni afirmou que não seria preciso um “grande” prémio para vender a sua posição na petrolífera. A Sonangol era uma das empresas apontadas para ficar com essa participação, depois das negociações com a Petrobras terem encerrado.
Contudo, no mês seguinte, a Eni suspendeu o processo de alienação da sua participação de modo "temporário" devido à crise política que, então, se vivia em Portugal. Nessa altura, Portugal pediu ajuda externa ao FMI, Comissão Europeia e BCE.
A italiana indicou que esperava que o processo voltasse a andar até ao final de 2011, o que não veio a acontecer.
Scaroni declarou hoje, segundo a Bloomberg, que a Galp foi um "muito bom investimento". A participação na portuguesa foi adquirida a 964 milhões de euros, sendo que o investimento já deu os retornos, em dividendos e em benefícios fiscais, disse o CEO da companhia transalpina.
Acções caem mais de 2% em bolsa
Em bolsa, os títulos da empresa sob comando de Ferreira de Oliveira reagiram de modo negativo à notícia de que a Eni pode avançar agora com esse processo.
A Bloomberg avançou com a notícia às 14h41, minutos depois deu-se uma queda acentuada dos títulos. As acções chegaram a cair mais de 3%.
No fecho da sessão, os títulos desvalorizaram 2,2% para negociarem nos 12,77 euros. A capitalização bolsista de hoje cifrou-se em 10,6 mil milhões de euros.
(notícia actualizada às 15h43; notícia actualizada pela segunda vez às 15h56; notícia actualizada com cotações de fecho e citações de Ferreira de Oliveira às 16h56)