As bolsas norte-americanas fecharam em queda forte, reagindo aos dados do emprego dos Estados Unidos, que ficaram abaixo do esperado pelos economistas, apesar da taxa de desemprego ter recuado para mínimos de três anos.

O Dow Jones caiu 1,27% para 13.038,27 pontos, o Nasdaq desceu 2,25% para 2.956,34 pontos e S&P500 perdeu 1,61% para 1.369,1 pontos. Na semana, este índice accionista que agrupa as 500 maiores empresas dos Estados Unidos recuou 2,5%, o pior desempenho semanal de 2012.

A pressão negativa de hoje surgiu depois do Departamento do Trabalho ter anunciado que a economia norte-americana criou 115 mil postos de trabalho em Abril, quando as previsões dos economistas contactados pela Bloomberg apontavam para um aumento de 160 mil postos de trabalho.

A taxa de desemprego até desceu para 8,1%, o registo mais baixo dos últimos três anos, mas a evolução fraca na criação de novos postos de trabalho aumentou os receios dos investidores sobre a evolução da economia norte-americana. Outros indicadores revelados nos últimos dias, como a evolução dos serviços, também apontam para uma recuperação mais lenta da economia norte-americana.

A queda das acções reflectiu também a cautela dos investidores com os resultadas das eleições no Domingo em França e na Grécia, que serão importantes para o desenrolar da crise na Europa.

A Apple foi das cotadas que mais pressionou os índices, com uma desvalorização de 2,85% para 565,25 dólares. No Dow Jones destacaram-se pela negativa também as tecnológicas e os bancos. A Cisco Systems cedeu 3,04% para19,12 dólares, a Microsoft caiu 2,46% para30,98 dólares, o Bank of America desvalorizou 3,25% para 7,74 dólares e o JPMorgan Chase desvalorizou 2,93% para 41,75 dólares.