A emissão de dívida da Portugal Telecom é “positiva” na opinião dos analistas que seguem a empresa.

“Salientamos que, com esta operação, a PT fortalece a sua posição de liquidez e isto deverá trazer algum conforto para os investidores”, comenta Nuno Miguel Matias, especialista do BES Investimento.

Ao financiar-se em 750 milhões de euros com uma emissão de obrigações a cinco anos, a operadora presidida por Zeinal Bava (na foto) assegurou as necessidades de financiamento até 2016.

“Sublinhamos que a procura para esta emissão, foi de acordo com o ‘Diário Económico’, quatro vezes superior à quantidade oferecida, o que sugere que os investidores têm confiança na estrutura financeira da empresa”, acrescentou o analista do BESI.

Da parte do CaixaBI, Guido Varatojo Santos evidencia que a “elevada procura registada é também um sinal de que os mercados de crédito estão mais acessíveis à Portugal Telecom, apesar de a custo mais elevado”.

“A PT tinha um custo de dívida médio, anterior à operação, de 3,9%, que deverá agora subir, mas o custo de 5,875% está entre os mais baixos entre as pagas actualmente por empresas portuguesas”, analisa o BPI Equity Research, cujo impacto é “positivo” dado que deixa a empresa numa "posição de liquidez sólida". Apesar disso, o BESI não prevê alterar as estimativas para o custo com dívida.


Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.