A bolsa nacional encerrou o dia a valorizar, beneficiando da subida das acções da EDP e da Sonae SGPS. O PSI-20 ganhou 0,07 %, invertendo assim a tendência de perdas registada ao longo da tarde. A evitar maiores ganhos na bolsa esteve o BCP, que na sessão de hoje perdeu 2,05%.

O principal índice nacional [psi20] avançou para os 13.687,87 pontos, com 14 acções a subir, três a descer e três inalteradas. A liquidez da bolsa voltou a superar os 400 milhões de euros, com o BCP a negociar mais de 59 milhões de acções e a EDP mais de 14 milhões de títulos.

A Energias de Portugal (EDP) [edp] fechou a apreciar 0,71% para 4,25 euros, ainda a beneficiar da possibilidade de ser alvo de uma nova fase de privatização. O Governo admitiu, na semana passada, a hipótese de privatizar mais uma parte da eléctrica até ao final deste ano.

A Sonae SGPS [son] avançou 1,9% para 2,15 euros, animada pela especulação em torno dos possíveis benefícios conseguidos com a saída do Carrefour do mercado retalhista português. O "Diário Económico" noticia hoje que o Carrefour está a preparar a venda do seu negócio em Portugal, sendo os prováveis compradores os franceses da Auchan, estando ainda a Sonae SGPS na corrida.

A unidade Sonae Indústria [soni] disparou 3,43% para os 10,85 euros.

A evitar maiores ganhos esteve o BCP [bcp], que desceu hoje 2,05% para 3,83 euros, pressionado pela instabilidade que se vive a nível da gestão e pelas recomendações desfavoráveis por parte de algumas casas de investimento. O Citigroup chega mesmo a antecipar um cenário de venda do banco.

O Banco Espírito Santo (BES) [besnn] também perdeu 0,67% para 17,70 euros enquanto o Banco BPI [bpin] avançou 0,29% para 6,80 euros.

A Brisa [brisa] fechou a subir 0,1% para 10,29 euros, a dois dias da apresentação de resultados semestrais. A Lisbon Brokers prevê que a concessionária de auto-estradas reporte um aumento de 13,4% nos lucros, para 87,2 milhões de euros. As receitas de portagem terão crescido em 9,2%.

As acções da Portugal Telecom (PT) [ptc] também contribuíram para a subida do índice ao avançarem 0,29% para 10,41 euros.

A Impresa [ipr] somou 1,92% para os 3,19 euros, tendo já fixado um novo máximo de seis anos nos 3,23 euros. A Media Capital [mcp] valorizou 2,34% para 8,30 euros, no dia em que foi conhecido que a Prisa passou a controlar 94,39% da dona da TVI, podendo, assim, recorrer ao mecanismo de aquisição potestativa.

As acções da SAD do Benfica [slben] fecharam a subir 0,28% para os 3,59 euros. O conselho de administração da SAD do Benfica vai estar reunido esta tarde e por volta das 17h00 deverá emitir um parecer sobre as novas condições da OPA de Joe Berardo, apurou o Jornal de Negócios Online. Na primeira reacção, a oferta foi classificada de "inoportuna".