Notícia
EDP e BCP invertem tendência ascendente do PSI-20 (act.)
A Euronext Lisbon encerrou a perder valor, depois da EDP ter invertido a sua tendência ascendente que dominou toda a sessão e do BCP ter depreciado mais de 1%, levando a que a bolsa nacional não acompanhasse os fechos positivos das principais praças europ
A Euronext Lisbon encerrou a perder valor, depois da EDP ter invertido a sua tendência ascendente que dominou toda a sessão e do BCP ter depreciado mais de 1%, levando a que a bolsa nacional não acompanhasse os fechos positivos das principais praças europeias. O PSI-20 perdeu 0,11%, com os avanços da Sonae e da PT a revelarem-se insuficientes para colocar o índice acima da linha de água.
O PSI-20 [PSI20] cotava no fecho nos 7.867,80 pontos, com nove acções a valorizarem, oito em queda e três inalteradas.
A Electricidade de Portugal (EDP) [edp] encerrou nos 2,34 euros, a perder 1,27%, num dia em que negociou mais de 40 milhões de acções, o mais líquido desde Dezembro de 2002. A sessão de bolsa de hoje foi particularmente activa para as acções da eléctrica nacional, com a apresentação dos resultados trimestrais e a reestruturação accionista da participada Hidrocantábrico.
O conselho de administração da Cajastur deu hoje a luz verde para a operação de reorganização da estrutura accionista da Hidrocantábrico, onde a Electricidade de Portugal vai comprar as posições detidas pela EnBW, Cajastur e da Caser, por 1,2 mil milhões de euros em dinheiro e em acções da eléctrica.
Logo de seguida a empresa de João Talone anunciou, através duma comunicação ao mercado, a realização de um aumento de capital de 1,2 mil milhões de euros, para adquirir estas posições. À EnBW e à Caser a EDP paga em dinheiro, enquanto à Cajastur dá em troca uma participação no seu capital entre 5,4 e 5,8%.
A EDP também desvendou os seus resultados trimestrais hoje, anunciando que os lucros aumentaram 51% para 275 milhões de euros, em linha com o estimado pelos analistas e suportados pela redução de custos – sobretudo devido ao corte de 757 postos de trabalho em Portugal –, e maior contributo do Brasil e do negócio de produção de energia.
Os proveitos operacionais do grupo Oni, detida pela EDP, registaram uma subida de 11,6%, nos primeiros seis meses do ano, para 165,8 milhões de euros, impulsionados pelos serviços de voz e vendas de equipamentos, avançou a accionista do grupo de telecomunicações.
As acções do BCP [bcp] foram as mais contribuíram, à excepção da EDP, para a queda do principal índice da bolsa nacional. As acções encerraram nos 1,76 euros a cair 1,12%.
As razões explicativas poderão ser duas. Por um lado a realização do aumento de capital por parte da EDP, onde o banco detém uma participação de 5%, poderá provocar um esforço financeiro do BCP no caso de desejar acompanhar o aumento de capital da eléctrica, onde detém uma participação. O BCP, que concluiu recentemente o negócio da Seguros e Pensões, é o maior accionista privado da eléctrica nacional.
Outra razão poderá ser o facto de uma desvalorização das acções da EDP – presente no lado do activo do balanço do banco nacional – ter uma influência indirecta nas acções do banco.
A Sonaecom [snc] cresceu 2,79% para 3,32 euros. A subsidiária da Sonae manteve os resultados positivos no segundo trimestre deste ano, tendo conseguido lucros no primeiro semestre de seis milhões de euros, o que compara com prejuízos de 11,1 milhões um ano antes, anunciou ontem a empresa.
A tecnológica reviu ainda em alta as suas previsões de resultados para este ano, estimando agora lucros consolidados de 10 milhões de euros. Esta meta, avançada esta manhã na «conference call» com analistas, pressupõe um EBITDA de 190 milhões de euros para a totalidade de 2004.
As acções da Sonae Imobiliária [sona] encerraram nos 3,78 euros a subir 1,34%. A Sonaecom foi escolhida para fornecer o serviço ‘wi-fi’ (internet sem fios) aos centros comerciais da empresa imobiliária do grupo Sonae, foi hoje anunciado.
As acções da Sonae SGPS encerraram nos 0,87 euros, em subida de 3,57%, na terceira sessão consecutiva a acrescentar valor, com os resultados das participadas divulgados ao longo da semana a impulsionarem os títulos da «holding». Os analistas admitem rever em alta as previsões para o EBITDA da Sonaecom que reagia em subida de 2,48%.
Os títulos da Jerónimo Martins [jmar] fecharam nos 9,14 euros a perder 2,35%. A retalhista anunciou hoje a ampliação do seu parque de lojas com a abertura de duas novas superfícies da insígnia Feira Nova – uma hoje, na Covilhã e outra no dia 31, no Fundão – revela um comunicado da empresa liderada por Luís Palha.
A Portugal Telecom (PT) [ptc] subiu 0,47% para 8,54 euros. A Telefónica reforçou a sua posição na estrutura accionista da PT para 8,23%, depois de no passado mês de Abril ter anunciado deter uma posição, directa e indirecta, de 8,168% no capital da maior operadora de telecomunicações nacional.
As acções da Novabase [nba], depois de nove sessões sem valorizar, ficaram em segundo lugar no ranking de valorizações percentuais do PSI-20, ao subirem 2,16% para 5,21 euros. A empresa perdeu 15% da sua capitalização bolsista, levando o BPI a melhorar hoje a recomendação para o papel de «acumular» para «comprar». A tecnológica regressou aos lucros no primeiro semestre do ano, ao apurar um resultado líquido de 3,5 milhões de euros – contra prejuízos no período homólogo.
A Brisa [BRISA] depreciou 0,34% para 5,92 euros, depois da concessionária de auto-estradas ter anunciado que as receitas de portagens atingiram no primeiro semestre deste ano um total de 250 milhões de euros, mais 6,6% que em igual período do ano passado. A empresa apresenta resultados no último dia de Agosto.