A bolsa nacional mantinha a tendência de desvalorização sem, no entanto, acompanhar a dimensão de perdas das congéneres europeias devido essencialmente à Energias de Portugal, que inverteu a tendência inicial e chegou mesmo a igualar o máximo histórico nos 4,79 euros. O PSI-20 depreciava 0,89% pressionado pelas fortes descidas da banca.

O principal índice da bolsa nacional [psi20] cotava nos 12.749,75 pontos, com 18 acções em queda e duas a subir. O PSI-20 seguia, ainda que com uma desvalorização inferior, a mesma tendência dos congéneres europeus que voltam hoje a ser penalizados pelo aumento dos receios do impacto da crise do crédito de elevado risco nas contas das empresas e no crescimento económico global.

Estes receios aumentaram depois da Morgan Stanley ter anunciado que contabilizou uma amortização de activos no valor de 3,7 mil milhões de dólares relacionada com a redução do valor dos créditos hipotecários. A segunda maior casa de investimento norte-americana reviu em baixa as suas estimativas de resultados.

Este anúncio gerou quedas generalizadas nos mercados bolsistas, com destaque para os sector bancário. Portugal não é excepção, com a banca a registar perdas superiores a 1%

O Banco Comercial Português (BCP) [bcp] perdia mesmo mais do que isso e seguia a deslizar 2,53% para os 3,08 euros. O Banco BPI [bpin] descia 1,94% para os 5,55 euros.

O Banco Espírito Santo (BES) [besnn] recuava 1,41% para os 15,37 euros e nem a revisão em alta por parte do ING do preço-alvo para as suas acções para os 19,60 euros evitava a queda acentuada dos títulos do banco liderado por Ricardo Salgado.

A Brisa [brisa] escorregava 1,34% para os 9,55 euros no dia em que o Jornal de Negócios noticia que a concessionária está à procura de parceiros para o projecto da Alta Velocidade, avançou ontem João Azevedo Coutinho, administrador financeiro do grupo, no almoço que assinalou os 10 anos da empresa na bolsa.

A Altri [altr] também perde 2,99% para os 5,84 euros depois de ontem ter anunciado que os seus lucros mais que duplicaram para os 29 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, resultados que ficaram em linha com as estimativas dos analistas.

Também a Sonae Indústria [soni], que anunciou ontem que os seus lucros cresceram 325% para os 63 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, seguia a desvalorizar 1,91% para os 8,23 euros.

A bolsa estava a perder mais de 1%. No entanto, a Energias de Portugal (EDP) [edp], que também recuava há pouco, inverteu a tendência tendo inclusivamente igualado o máximo histórico nos 4,79 euros. A EDP seguia a ganhar 0,43% para os 4,71 euros no dia em que apresenta os resultados referentes ao terceiro trimestre do ano.

A Galp Energia [galp pl] também somava 0,09% para os 10,87 euros.