O montante aplicado pelos portugueses em depósitos a prazo continua a diminuir. O saldo destes produtos de poupança baixou no último mês para mínimos de Março de 2016, num momento em que a remuneração paga permanece em mínimos históricos.

O saldo aplicado em depósitos a prazo atingiu 141,84 mil milhões de euros, em Fevereiro, segundo os números divulgados pelo Banco Central Europeu (BCE) esta manhã. Este valor compara com os 142,1 mil milhões registados um mês antes e corresponde a mínimos de 11 meses.

Os juros pagos pelos bancos nos depósitos estão próximo de zero, o que tem afastado os portugueses destas aplicações. Segundo dados do BCE, a taxa de juro oferecida pelas instituições financeiras nos novos depósitos foi, em Janeiro, de 0,33%, sendo que entre os grandes bancos nacionais a maioria destas aplicações já não tem qualquer remuneração.

Os depósitos até dois anos registaram, porém, um crescimento. O saldo acumulado subiu de 65,11 mil milhões de euros, para 65,4 mil milhões. Já nos contratos com prazos mais longos, a tendência é a aposto. O dinheiro aplicado em depósitos a mais de dois anos caiu para 32,9 mil milhões de euros, face aos 33,3 mil milhões registados um mês antes.

Os depósitos à ordem continuam a captar mais de 30% do capital aplicado em depósitos: 43,3 mil milhões de euros.