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Deloitte: Ativos digitais vão substituir ou ser forte concorrência à moeda física dentro de 5 a 10 anos

Um relatório da Deloitte, com 1.280 inquiridos, mostra que os profissionais do ramo financeiro olham para os ativos digitais como uma grande alternativa à moeda fiduciária.

Getty Images
31 de Agosto de 2021 às 13:24
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A maioria dos profissionais na área financeira acredita que alguns ativos digitais, como as moedas digitais de bancos centrais ou as "stablecoins", irão substituir a atual moeda fiduciária ou, pelo menos, ser uma forte alternativa a este modelo. Um estudo da consultora Deloitte mostra que esta alteração pode acontecer no prazo de cinco a dez anos.

Numa altura em que os maiores bancos centrais do mundo estão debruçados sobre as suas próprias moedas digitais, o questionário que serve de base a este relatório sobre "blockchain" mostra que 76% dos profissionais do ramo acredita nesta transformação. Mais indica que as empresas de serviços financeiros (FSI) que não começarem a trabalhar agora com criptomoedas, ativos digitais ou "blockchain" correm o risco de perderem terreno para as rivais.

"O final do dinheiro físico como o conhecemos representa uma atualização atrasada - e agora inevitável. Há consenso entre inquiridos de que os ativos digitais vão substituir as moedas fiduciárias nos próximos cinco a dez anos. Mais de três quartos dos entrevistados em geral e de empresas de serviços financeiros (76%) acreditam que a mudança irá ocorrer. Este número salta para 94% para as empresas de serviços financeiros que foram pioneiras", pode ler-se no documento.

Acrescenta que "com o interesse crescente das maiores instituições e individuais, os fundos vão continuar a entrar para o mercado de ativos digitais. O impacto fundamental nos depósitos cria uma importante oportunidade para os bancos e para toda a indústria que faz custódia de ativos. E é surpreendente que quase metade (47%) das empresas de serviços financeiros digam que a custódia representa um passo 'muito importante' nas respetivas organizações".

Há cada vez mais empresas a entrarem no mundo dos ativos digitais. Muitas destas companhias, como é o caso da Visa, tem o objetivo de começar a criar uma infraestrutura neste segmento de mercado, onde pretendem crescer, por considerarem que esta será uma grande fonte de receita no futuro. É também isto que consideram 80% dos inquiridos neste relatório da Deloitte. E mais de metade vê na custódia de bens digitais uma das melhores oportunidades, enquanto outros incluem novas formas de pagamento ou outras maneiras de diversificar o portefólio como outras mais-valias.

Mas o relatório mostra que o setor vê alguns obstáculos para a transformação e perigos adjacentes a estes ativos digitais no horizonte. Cerca de 65% considera que a falha de uma insfrastrutura financeira para cripto-ativos como o maior obstáculo na mudança; e a cibersegurança e a falta de privacidade surgem como a maior preocupação.
"No último ano, tudo mudou para a 'blockchain', os ativos digitais e os serviços financeiros - e não apenas devido à pandemia da covid-19. A proliferação de tudo para digital enquanto meio de troca e reserva de valor expandiu significativamente, com uma mudança sísmica a impactar a indústria global de serviços financeiros (FSI) em particular", pode ler-se no documento.

Neste estudo, a Deloitte questionou 1.280 executivos séniores de um leque de indústrias, como os serviços financeiros em dez países: Brasil, China, Reino Unido, Alemanha, Hong Kong, Japão, Singapura, África do Sul, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. O inquérito foi realizado entre 24 de março de 10 de abril deste ano.
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