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CMVM pede cautela aos intermediários financeiros

O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, reuniu ontem com responsáveis de várias instituições financeiras com o objectivo de lhes pedir cautela e rigor na forma como aconselham os seus clientes a investir numa altura crítica para os mercados financeiros.

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O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, reuniu ontem com responsáveis de várias instituições financeiras com o objectivo de lhes pedir cautela e rigor na forma como aconselham os seus clientes a investir numa altura crítica para os mercados financeiros.

Ao que o Negócios apurou junto de fontes do sector, estiveram presentes no encontro representantes de vários grupos financeiros, independentemente da sua dimensão. Fonte oficial da entidade de supervisão não quis fazer quaisquer comentários sobre esta informação.

Segundo fontes financeiras, o presidente da CMVM terá procurado sensibilizar os responsáveis das sociedades gestoras de fundos de investimento para a necessidade de passarem para os clientes mensagens que evitem o pânico e tenham cautela. Isto numa altura em que a indústria de fundos de investimento está a ser penalizada não apenas pela queda dos mercados financeiros, mas também pelos resgates de unidades de participação solicitados pelos clientes.

Ao que o Negócios apurou, a reunião de ontem não é inédita e surge no âmbito da preocupação que a entidade de supervisão tem tido de se manter em contacto permanente com os intermediários financeiros desde o início da crise e, em particular, desde que houve um agudizar da turbulência, nas últimas semanas. Carlos Tavares terá aproveitado o encontro para sensibilizar os grupos financeiros portugueses para algumas preocupações da entidade de supervisão, mas não terá pedido aos presentes que adoptem um plano de acção concreto.

A pressão dos resgates dos clientes tem-se feito sentir, sobretudo, entre os grandes grupos financeiros. O Santander está a ser a instituição financeira portuguesa mais afectada, este ano, pela onda de resgates de fundos de investimento. O banco regista 1,65 mil milhões de euros em resgates negativos acumulados desde o início do ano, segundo dados da APFIPP. Com resgates superiores a mil milhões de euros, em 2008, estão ainda o BPI, a Caixa Geral de Depósitos e o BCP.

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