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CMVM: Risco de crédito foi um dos que mais se materializou em 2020
A CMVM considera que o risco de crédito e de mercado são uns dos principais riscos que persistem em 2021, assim como o "greenwashing".
"O risco de crédito já tinha sido identificado como um possível risco muito relevante para 2020", realçou a presidente da CMVM numa conferência virtual, onde acrescentou que este é um "risco que se materializou em 2020 e que em 2021 possa ser fortemente agravado".
O risco de mercado é outro dos que transita de ano, dada a incerteza criada pela pandemia, dificuldade de avaliação dos ativos e riscos de conduta significativos. Por outro lado, a procura por retornos mais significativos, maior agressividade por parte dos emitentes na colocação de produtos, assim como riscos identificados relacionados com custos e comissões em serviços financeiro, que diluem retorno anunciado são outros fatores citados pela responsável e que podem contribuir para deteriorar a confiança dos investidores.
A fechar a lista de riscos, a CMVM destaca fatores ambientais e sociais. Uma questão muito atual e que vai continuar no topo das atenções. A principal prioridade do regulador é, por isso, evitar situações em que as entidades e os intermediários financeiros transmitam informação que não corresponda à realidade.
Com base nestes riscos, a CMVM estabeleceu 4 prioridades para 2021: eficácia, eficiência, proximidade e relevância.
Em relação ao reforço de identificação de análise de risco, a CMVM realça que adquiriu no último ano novas competências de supervisão de sociedades que gerem fundos de investimento, titularização de crédito, competências que exigem esforços do regulador no controlo de risco, governo societário e outras questões associadas a estas áreas.
A simplificação regulatória e o reforço de proteção ao investidor, em momentos em que o incentivo por tomada de risco pode suscitar decisões menos informadas são outras das áreas que vão merecer a atenção da CMVM, assim como a cooperação do regulador com o mercado.