Notícia
China prepara primeira emissão de dívida denominada em dólares desde 2021
A operação está avaliada em cerca de dois mil milhões de dólares. As autoridades chinesas já nomearam vários bancos chineses, internacionais e do Médio Oriente para realizarem as ofertas de obrigações a três e cinco anos.
08 de Novembro de 2024 às 07:56
Os bancos chineses estão a preparar a primeira emissão de títulos de dívida soberana da China denominados em dólares desde 2021, avançou esta sexta-feira a agência Bloomberg.
A operação está avaliada em cerca de dois mil milhões de dólares (1.854 milhões de euros), de acordo com fontes não identificadas citadas pela agência.
As autoridades chinesas já nomearam vários bancos chineses, internacionais e do Médio Oriente para realizarem as ofertas de obrigações a três e cinco anos, referem as mesmas fontes.
A operação vai ter lugar na Arábia Saudita.
Esta semana, o ministério das Finanças chinês avançou com a referida operação, após aprovação do Conselho de Estado (Executivo chinês).
A última vez que as Finanças emitiram obrigações denominadas em dólares foi em outubro de 2021, numa operação de quatro mil milhões de dólares (3.708 milhões de euros), realizada em Hong Kong.
No entanto, durante este interregno, a China emitiu títulos em outras moedas: em setembro passado, o ministério lançou uma venda de até dois mil milhões de euros em Paris, a primeira na moeda europeia em três anos.
"A China não precisa de emitir obrigações 'offshore' para angariar fundos, porque o custo de emissão no mercado doméstico é mais baixo. Esta é uma medida prática para aumentar a liquidez das obrigações 'offshore' e proporcionar um fornecimento regular aos investidores globais envolvidos na iniciativa Faixa e Rota", afirmou Raymond Yeung, economista do ANZ Bank, citado pelo South China Morning Post de Hong Kong.
A iniciativa Faixa e Rota prevê a construção de portos, linhas ferroviárias ou autoestradas, sobretudo nos países em desenvolvimento, tendo-se tornado no principal programa da política externa da China. Na última década, mais de 150 países em todo o mundo aderiram à Faixa e Rota.
É também um novo capítulo nas relações cada vez mais estreitas entre Pequim e Riade: "A Arábia Saudita está a tentar construir os seus mercados de capitais, embora o facto de se tratar de uma obrigação denominada em dólares seja um lembrete de que ambos ainda estão longe de destronar o dólar", observou Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics.
Bob Chen, da Mangrove Capital, considerou a emissão "largamente simbólica": "A Arábia Saudita está a tentar atrair investimento chinês para as suas exportações de energia verde e tecnologia. E a China também está desesperada por [atrair] investimento direto estrangeiro, sendo a Arábia Saudita uma boa fonte".
A operação está avaliada em cerca de dois mil milhões de dólares (1.854 milhões de euros), de acordo com fontes não identificadas citadas pela agência.
A operação vai ter lugar na Arábia Saudita.
Esta semana, o ministério das Finanças chinês avançou com a referida operação, após aprovação do Conselho de Estado (Executivo chinês).
A última vez que as Finanças emitiram obrigações denominadas em dólares foi em outubro de 2021, numa operação de quatro mil milhões de dólares (3.708 milhões de euros), realizada em Hong Kong.
No entanto, durante este interregno, a China emitiu títulos em outras moedas: em setembro passado, o ministério lançou uma venda de até dois mil milhões de euros em Paris, a primeira na moeda europeia em três anos.
"A China não precisa de emitir obrigações 'offshore' para angariar fundos, porque o custo de emissão no mercado doméstico é mais baixo. Esta é uma medida prática para aumentar a liquidez das obrigações 'offshore' e proporcionar um fornecimento regular aos investidores globais envolvidos na iniciativa Faixa e Rota", afirmou Raymond Yeung, economista do ANZ Bank, citado pelo South China Morning Post de Hong Kong.
A iniciativa Faixa e Rota prevê a construção de portos, linhas ferroviárias ou autoestradas, sobretudo nos países em desenvolvimento, tendo-se tornado no principal programa da política externa da China. Na última década, mais de 150 países em todo o mundo aderiram à Faixa e Rota.
É também um novo capítulo nas relações cada vez mais estreitas entre Pequim e Riade: "A Arábia Saudita está a tentar construir os seus mercados de capitais, embora o facto de se tratar de uma obrigação denominada em dólares seja um lembrete de que ambos ainda estão longe de destronar o dólar", observou Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics.
Bob Chen, da Mangrove Capital, considerou a emissão "largamente simbólica": "A Arábia Saudita está a tentar atrair investimento chinês para as suas exportações de energia verde e tecnologia. E a China também está desesperada por [atrair] investimento direto estrangeiro, sendo a Arábia Saudita uma boa fonte".