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Carney admite prolongar mandato à frente do Banco de Inglaterra

O mandato do governador do Banco de Inglaterra termina no próximo ano. Mas Mark Carney admite prolongá-lo para "ajudar no processo de saída do Reino Unido da União Europeia".

EPA
04 de Setembro de 2018 às 15:44
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O governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, abriu pela segunda vez a porta a um prolongamento do seu mandato à frente do banco central. O responsável, que deveria deixar o cargo no próximo ano, está disposto a continuar na liderança da entidade para ajudar no processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

 

"Apesar de já ter concordado em prolongar o mandato para garantir uma saída suave do Reino Unido da União Europeia, estou disposto a fazer o que for necessário", afirmou Mark Carney perante os deputados britânicos, citado pela Bloomberg.

 

A confirmar-se, é a segunda vez que o governador irá prolongar o seu tempo à frente do banco central britânico. O mandato deveria ter terminado no ano passado, mas Carney aceitou ficar até Junho de 2019 para ajudar no processo do Brexit, um prazo que poderá agora ser prolongado até esta saída do país estar concluída.

 

Embora Carney tenha afirmado que discutiu esta questão com o ministro das Finanças, Philip Hammond, o responsável não se quis antecipar a um comunicado do governo. Fonte oficial do Tesouro britânico afirmou entretanto que o anúncio sobre o futuro do governador será feito "no devido tempo".

 

A especulação em torno do mandato do governador do Banco de Inglaterra intensificou-se na última semana depois de ter sido avançado que o responsável estaria a ponderar manter-se à frente da entidade durante o Brexit. Com o prazo para esta saída a aproximar-se – o processo deverá terminar em Março de 2019 – a relação do Reino Unido com o bloco continua pouco clara.

Entretanto, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que a inexistência de um acordo com a União Europeia para a saída do bloco não é o pior dos cenários. "Eu disse desde o início que não haver acordo é melhor que um mau acordo", disse a responsável britânica, para quem uma saída sem termos definidos "não seria o fim do mundo".

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