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Buffett: “Fiz asneira” ao não comprar acções da Amazon

Em entrevista à CNBC, o Warren Buffett mostra-se arrependido por não ter comprado acções da Amazon e elogia Jeff Bezos. Paralelamente, mostra-se satisfeito com o investimento na Apple e Wells Fargo.

Desde o início do ano, as posições de Warren Buffett valorizaram 2,4 mil milhões de dólares, segundo estimativas da Bloomberg. Warren Buffett, líder da Berkshire Hathaway, esteve activo no quarto trimestre. Quadruplicou a posição na Apple, com o investimento a valer 6,7 mil milhões de dólares no final de 2016. Deu ainda sequência à recente aposta em companhias aéreas, com os investimentos a valerem perto de dez mil milhões de dólares. Reforçou na Delta e na American Airlines. E abriu posição na Southwest Airlines. Outras das novas apostas foi a Monsanto, com um investimento em torno de 820 milhões de dólares, tendo em conta a cotação média das acções. Já nas cinco acções com maior peso na carteira ( Kraft-Heinz, o Wells Fargo, a Coca-Cola, a IBM e a American Express) não houve mexidas.
07 de Maio de 2018 às 14:42
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Jeff Bezos, o CEO da Amazon, é um "pensador brilhante", elogia Warren Buffet. "Fiz asneira" em não ter comprado títulos da tecnológica, admite ainda o investidor e gestor da Berkshire Hathaway em entrevista à CNBC.

Buffet revela que não tem intenções de comprar qualquer acção da Apple, porque prevê que a actual participação cresça sem necessitar de qualquer investimento extra. "Quando compro Apple, eu sei que a empresa vai recomprar muitas acções. Nós detemos cerca de 5%. Provavelmente dentro de um par de anos deteremos 6% sem investir mais nenhum dólar. Adoro essa perspectiva", confessa Buffett.

Apesar disso, o investidor não se mostra grande fã do produto-bandeira da tecnológica de Tim Cook. "Recebi um iPhone recentemente mas ainda não o utilizei", partilha.

As acções da empresa de Jeff Bezos têm caminhado a passos largos em direcção à fasquia do bilião de dólares de valor de mercado, reduzindo significativamente a distância face à Apple em termos de capitalização bolsista.

Já em relação à Wells Fargo, a empresa financeira na qual Warren Buffett detém uma participação de quase 10%, o investidor diz que não pretende ultrapassar esta posição, mas consideraria comprar mais acções ao preço actual. Buffett aponta como "muito provável" que a Wells Fargo supere o desempenho da maior parte dos bancos rivais no horizonte de uma década. Justifica com um "bom negócio central". E desvaloriza desta forma os recentes escândalos da entidade financeira.

Mas os comentários de Buffett não se ficaram pelos próprios investimentos. O investidor tem trocado publicamente impressões com o CEO da Tesla, Elon Musk, acerca dos activos que Warren Buffett descreve como "fossos" ("moats"), e que servem de barreira protectora para garantir a competitividade das empresas. Depois de Musk ter defendido que "o ritmo da inovação" é prioritário em relação aos tais fossos, Warren comenta esta segunda-feira que "as marcas são fossos". Ao mesmo tempo que saúda Musk por tentar melhorar o seu produto.

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