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Bovespa serve de inspiração para futura bolsa de Angola

Uma comitiva de 25 executivos angolanos estiveram na Bolsa de Valores de São Paulo para aprender como funcionava a bolsa brasileira, com o objectivo de criarem uma bolsa de valores em Luanda, capital de Angola.

31 de Janeiro de 2005 às 17:34
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Uma comitiva de 25 executivos angolanos estiveram na Bolsa de Valores de São Paulo para aprender como funcionava a bolsa brasileira, com o objectivo de criarem uma bolsa de valores em Luanda, capital de Angola.

Fonte oficial do Bovespa confirmou ao Jornal de Negócios Online, a notícia avançada pela revista «Isto é Dinheiro», mas nega a existência formal de acordos de cooperação entre a bolsa brasileira e a futura bolsa angolana.

«Os executivos tiveram palestras sobre o funcionamento do mercado brasileiro. Conheceram a Bovespa, mas não há nenhum acordo de cooperação», avançou fonte oficial.

Segundo a revista brasileira, durante uma semana, o director da Corretora Geração, Mauro Mello fez palestras para executivos e funcionários públicos angolanos sobre o mercado de capitais brasileiro, escolhido como referência para o de Luanda.

As iniciativas vieram da parte da Associação de Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) encarregada de formar operadores angolanos.

«As regras para a abertura de capital e a grande participação de pessoas físicas na Bolsa de São Paulo foram fundamentais para escolhermos o mercado brasileiro», disse Lima, coordenador da futura bolsa angolana.

«O Brasil tem padrões de legislação e fiscalização internacional, com a vantagem de ser tudo em português», acrescentou o responsável angolano. Os operadores africanos pretendem copiar em Angola as regras brasileiras de incentivo à criação de clubes de investimento e venda de acções de estatais.

A Bolsa em Angola deve ser aberta até ao final do ano. Em Março, está prevista nova formação em São Paulo para futuros actores no mercado de capitais angolano.

Para iniciar o mercado de acções, as autoridades locais contam com a abertura de capital de empresas petrolíferas, agrícolas e de mineração.

Depois de 30 anos de guerra civil, Angola começa a apresentar sinais de estabilidade, sendo que a inflação caiu dos 300% para cerca de 30% e os juros baixaram, em três anos, de 150% para 25%, avança a revista.

*Correspondente em São Paulo

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