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Bom nível de reservas nos EUA arrastam petróleo para o vermelho
As cotações do petróleo estão a acelerar as perdas depois de conhecidos os valores das reservas norte-americanas. Apesar da queda dos «stocks» de crude, o forte aumento dos inventários dos destilados – onde se inclui o gasóleo e combustível para aquecimen
As cotações do petróleo estão a acelerar as perdas depois de conhecidos os valores das reservas norte-americanas. Apesar da queda dos «stocks» de crude, o forte aumento dos inventários dos destilados – onde se inclui o gasóleo e combustível para aquecimento – e da gasolina pesou mais.
O contrato de Março do West Texas Intermediate (WTI) cedia 1,28% no mercado de Nova Iorque, para 66,2 dólares por barril. Em Londres, o «brent» do Mar do Norte perdia 1,45%, para 64,39 dólares.
As reservas de destilados aumentaram 1,8 milhões de barris, para 136,5 milhões, na semana terminada em 20 de Janeiro, segundo o relatório divulgado pelo Departamento norte-americano da Energia (DoE). As previsões de 14 analistas inquiridos pela Bloomberg apontavam para uma subida média de 788.000 barris. Os inventários de gasolina registaram um acréscimo de 3,1 milhões de barris, para 214,8 milhões, quando as estimativas apontavam para um ganho de 1,450 milhões.
Quanto ao crude, os «stocks» caíram inesperadamente, em 2,3 milhões de barris, para 319,1 milhões. As previsões referiam um aumento de 1,5 milhões de barris, pelo que a disparidade foi bastante grande. No entanto, os aumentos das reservas nos outros segmentos, numa altura em que as temperaturas estão muito mais amenas do que o normal em grande parte do território dos EUA, acabaram por ter um peso maior na tendência do mercado.
Além disso, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohammed Barkindo, afirmou em Davos – onde se encontra para participar no Fórum Económico Mundial - que o cartel não precisa de reduzir a sua produção de crude, dado que o mercado está adequadamente fornecido. O mesmo responsável adiantou que a OPEP «está ainda a ponderar» a sua decisão final quanto às quotas de produção e que será revelada na reunião da próxima terça-feira. Quanto aos conflitos na Nigéria, onde grupos rebeldes têm atacado instalações petrolíferas – nomeadamente da Shell e da ENI -, Barkindo disse que não espera que as companhias petrolíferas saiam daquele país.