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Bolsas mundiais em forte queda com receios sobre resultados e economia

O Dow Jones fechou sexta-feira com a maior queda em quase dois anos, a bolsa de Tóquio encerrou a descer quase 4% e as praças europeias prolongavam hoje o cenário de pessimismo que assola os mercados, com os principais índices a recuarem mais de 2%, peran

18 de Abril de 2005 às 10:37
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O Dow Jones fechou sexta-feira com a maior queda em quase dois anos, a bolsa de Tóquio encerrou a descer quase 4% e as praças europeias prolongavam hoje o cenário de pessimismo que assola os mercados, com os principais índices a recuarem mais de 2%, perante maus resultados e receios sobre um abrandamento económico.

O Dow Jones terminou sexta-feira a recuar 1,86%, a maior queda em quase dois anos, com os investidores a evitarem os mercados accionistas, perante resultados negativos de várias empresas e dados económicos que apontam para uma desaceleração na maior economia do mundo.

Este sentimento negativo reflectiu-se nas praças asiáticas, com a bolsa de Tóquio a sofrer uma queda de 3,8%. O Nikkei, a cair há seis sessões consecutivas, registou a maior queda nos últimos 11 meses, negociando abaixo dos 11 mil pontos pela primeira vez nos últimos quatro meses.

Nas praças europeias, que já tinham fechado em queda acentuada na sexta-feira, o cenário é idêntico, com os principais índices de acções a sofrerem quedas acima de 2%.

O DJ Stoxx 50 cedia 1,88%, para os 2.804,34 pontos, com os 50 títulos do índice em queda, baixando os ganhos acumulados desde o início do ano para apenas 1%.

As bolsas europeias estão a ser influenciadas pelo sentimento negativo nos mercados, e também pelos resultados abaixo do esperado da holandesa Royal Philips, que contagiava as cotações de outras tecnológicas.

A agravar a situação, «o director geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Rato, afirmou que os mercados podem sofrer «uma correcção abrupta» a não ser que os responsáveis tomem medidas para acelerar o ritmo de crescimento económico.

«Se os responsáveis não se adaptarem, não mudarem para reagir a estes desequilíbrios, corremos o risco de uma correcção abrupta dos mercados ... (altura em que), por diversas razões, a confiança poderá ficar reduzida, ou até desaparecer», afirmou o responsável em conferência de imprensa.

Os últimos dados económicos têm apontando para um abrandamento na economia americana e europeia. A confiança dos consumidores norte-americanos atingiu um mínimo de dois anos e a União Europeia alertou hoje que o crescimento na Europa pode abrandar de forma mais abrupta.

Tecnológicas lideram quedas na Europa

Em Amesterdão o AEX descia 2,16% para os 356,39 pontos. A Royal Philips desvalorizava 4% para os 19,21 euros, depois da empresa ter anunciado que os resultados líquidos desceram 79% no primeiro trimestre, uma vez que a «joint venture» que têm para ecrãs planos registou prejuízos e os ganhos da divisão de semicondutores diminuíram.

Na praça de Paris também era as tecnológicas que conduziam o CAC 40 a uma queda de 2,12% para os 3.946,93 pontos. A Alcatel desvalorizava 3,69% e a Cap Gemini caia 2,39%.

Em Madrid o IBEX 35 baixava 1,94% para os 8.977,30 pontos. A construtora Ferrovial caia 3,42%, a Acciona cedia 2,87% e a Prisa baixava 2,72%.

O DAX de Frankfurt deslizava 2,49% para os 4.205,05 pontos, com os 30 títulos em queda. A SAP, que produz «software» de gestão, cedia 3,35% para os 112,02 euros e a Infineon, que tal como a Philips, também produz «chips», baixava 3%, para os 6,79 euros.

O Mibtel de Milão liderava as quedas entre os principais índices, com uma descida de 2,95%. O FTSE de Londres depreciava 1,73%.

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