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Bolsas europeias respiram de alívio com resultados da Lehman Brothers

A Europa recuperou das fortes quedas de ontem e encerrou a ganhar mais de 1%, depois da Lehman Brothers ter apresentado resultados trimestrais acima do esperado.

18 de Setembro de 2007 às 17:36
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A Europa recuperou das fortes quedas de ontem e encerrou a ganhar mais de 1%, depois da Lehman Brothers ter apresentado resultados trimestrais acima do esperado.

O índice Stoxx 50 [sx5p] ganhou 1,50% para os 3.731,94 pontos, com 44 dos 50 títulos em alta, impulsionado pelos ganhos da Nokia, Barclays, HSBC e Banco Santander.

As maiores subidas registaram-se em Espanha, com o Ibex [ibex] a subir 2,52%, e em França, onde o CAC 40 [cac] ganhou 2,02%. O FTSE avançou 1,63% e o DAX 1,27%. Em Amesterdão, o AEX [AEX] valorizou 1,53% e em Itália, o Mibtel [mibtel] ganhou 1,59%. A bolsa portuguesa foi a que menos ganhou, ao registar uma subida de "apenas" 0,25%.

A impulsionar as praças europeias estiveram os resultados trimestrais da Lehman Brothers. A empresa revelou esta tarde que os resultados do terceiro trimestre caíram menos do que o esperado com as comissões da negociação de acções e da banca de investimento a compensaram as perdas derivadas do crédito de alto risco.

Os resultados líquidos deslizaram 3% para 887 milhões de dólares, ou 1,54 dólares por acção no terceiro trimestre contra 916 milhões de dólares, ou 1,57 dólares por acção de igual período do ano anterior. Os analistas consultados pela Bloomberg esperavam lucros de 1,48 dólares por acção. As acções da empresa já subiram mais de 4%.

Esta notícia fez diminuir os receios de que a crise do "subprime" tenha um forte impacto nos resultados das empresas. O mercado aguarda agora a divulgação dos resultados da Morgan Stanley, que terá lugar amanhã, da Goldaman Sachs e da Bear Stearns, a 20 de Setembro e da Merrill Lynch no próximo mês.

A impulsionar as bolsas europeias esteve ainda a recuperação do Northern Rock, a quinta maior instituição de crédito hipotecário no Reino Unido, que nos últimos dias "afundou" 56% e hoje subiu 8,2%.

Esta recuperação surge depois de o governo inglês ter tomado medidas para impedir que os clientes do banco resgatassem as suas contas, ao assegurar a garantia financeira de todas os depósitos.

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