Os principais índices europeus encerraram a sessão de hoje em queda, penalizados por algum pessimismo dos investidores em torno da crise da dívida soberana na Europa.

Os mercados europeus estiveram hoje a corrigir da maior subida de três dias em 16 meses, após ter sido divulgada uma notícia que revelava que alguns países estão a exigir aos credores privados que registem no balanço uma maior perda com as obrigações gregas.

A situação das contas públicas gregas vai ser analisada pelos ministros das Finanças da Zona Euro numa reunião extraordinária a ter lugar no próximo mês de Outubro. O anúncio foi feito esta manhã pela União Europeia que não revelou, no entanto, o dia em que este encontro irá ter lugar.

O principal índice de referência europeu, STOXX-600, recuou 1,1% para 227,39 pontos, após ter somado 7% nos últimos três dias, a maior subida desde Maio de 2010, animado pela expectativa dos investidores de que os líderes europeus iriam aumentar os esforços para controlar a crise da dívida na Europa.

A contrariar a tendência europeia, o PSI-20 encerrou a subir 0,07% para 5.927,08 pontos. O espanhol IBEX-35 deslizou 0,61% para 8.480,2 pontos.

Em França, o índice CAC-40 depreciou 0,92% para 2.995,62 pontos, e o londrino Footsie perdeu 1,44% para 5.217,63 pontos.

O alemão DAX desceu 0,89% para 5.578,42 pontos, e o grego ASE/FTSE avançou 3,44% para 335,42 pontos. O índice holandês AEX caiu 1,32% para 278,31 pontos, e o italiano MIBTEL tombou 0,47% para 14.741,22 pontos.

A empresa MAN Group caiu hoje o máximo em três anos, após ter anunciado que os seus activos iriam diminuir 8,5%. As acções da gestora de fundos chegaram a cair 21,66% para 187,7 euros na sessão de hoje.

A Cairn Energy recuou 6,5%, após ter abandonado a exploração de um poço. O Deutsche Boerse, operador da bolsa de valores de Frankfurt, perdeu 4,6% devido à proposta da União Europeia de um imposto sobre as transacções financeiras, a taxa “Tobin”.

A Renault perdeu 3,27% para 25,405 euros, e a BMW caiu 1,13% para 53,39 euros. A PSA Peugeot Citroen deslizou 3,22% para 16,37 euros.

A Volvo desvalorizou 4,03% para 67,85 euros, e a Scania recuou 4,06% para 96,9 euros.

A Ericson perdeu 4,04% para 68,8 euros, e o BBVA cedeu 1,27% para 6,159 euros. O Santander depreciou 1,47% para 6,085 euros, e o BNP Paribas desceu 1,31% para 29,655 euros.

A Allianz perdeu 0,68% para 69,7 euros, e o Deutsche Bank caiu 3,84% para 27,2 euros. A BP recuou 1,2% para 399,9 euros, e o HSBC cedeu 2% para 510 euros. O RBS LN caiu 3,64% para 24,1 euros.

A Shell perdeu 1,79% para 1999,5 euros, e o ING caiu 2,2% para 5,345 euros. O UBS caiu 2,22% para 11,01 euros, e o Crédit Suisse desceu 1,11% para 24,14 euros.