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Bolsa nacional recua com queda da PT, BCP e EDP
A Euronext Lisbon perdia pressionada pela PT, BCP e EDP, num dia em que a ParaRede seguia como o título que mais impulsionava o índice a subir mais de 7%. O PSI-20 recuava 0,25% a contrariar a tendência das praças europeias que hoje negociavam em máximos.
A Euronext Lisbon perdia pressionada pela PT, BCP e EDP, num dia em que a ParaRede seguia como o título que mais impulsionava o índice a subir mais de 7%. O PSI-20 recuava 0,25% a contrariar a tendência das praças europeias que hoje negociavam em máximos.
As congéneres europeias avançavam impulsionadas pelas petrolíferas e telecomunicações e atingiam valores recorde, num dia em que o petróleo valorizava e o euro depreciava. «É normal que os mercados se comportem positivamente nesta altura. Nos últimos dez anos os mercados comportaram-se positivamente quer em Janeiro quer em Fevereiro», disse Carlos Bastardo, director do Barclays fundo.
Em relação às bolsas europeias «a subida nem foi muito significativa, no ano passado foi melhor».
O PSI-20 [psi20] caía 0,25% para os 8.020,46 pontos, com oito acções a recuar, sete a subir e cinco inalteradas. Apesar desta queda, o principal índice nacional acumula um ganho de 5,4% este ano.
«A nossa bolsa tem tido uma performance que não é coincidente com a actual situação económica e política que o país atravessa. Há dois factores que ajudam a esta valorização: o facto dos bancos terem apresentado resultados acima do esperado e de haver várias empresas envolvidas na aquisição da Lusomundo Media. No entanto, «não há nada que justifique esta valorização. É exagerada, por isso tem-se recomendado alguma cautela», explica a mesma fonte.
As bolsas norte-americanas «têm tido um comportamento diferente do habitual. O facto de terem registado um saldo negativo em Janeiro terá a ver com dúvidas sobre a manutenção de um crescimento dos EUA até aqui tão elevado. As casas de Asset-management apontam para um crescimento de entre 3 e 3,5% este ano. Os investidores estão expectantes em relação aos dados económicos que vão sair sobre os EUA», acrescenta.
A Portugal Telecom (PT) [ptc] depreciava 1,15% para os 9,43 euros, depois da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) ter decidido avançar com a factura única, o que tem um «impacto negativo» para a operadora, segundo o «research» do BPI.
O Banco Comercial Portugal (BCP) [bcp] caía 0,48% para os 2,09 euros e o Banco BPI [bpin] desvalorizava 0,32% para os 3,16 euros. O Banco Espírito Santo (BES) [besnn] ganhava 0,23% para os 13,33 euros.
A ParaRede [para] cotava nos 0,4 euros a avançar 5,26%, depois de ter subido um máximo de 7,89% com mais de 34 milhões de acções negociadas. A empresa de serviços de tecnologias de informação anunciou ontem que pretende pagar dividendos pela primeira vez na sua história em 2006. A empresa negociou mais de 10% do capital ao longo da manhã.
«O anúncio de que poderá aumentar pagar dividendos em 2006 e a previsão de crescimento dos lucros de 30% ao ano até 2006 estão a suportar o título», referiu Rita Gonzalez, da Espírito Santo Investment.
«A ParaRede tem como suporte os 0,36 euros e como resistência os 0,44 euros», explicou ao Jornal de Negócios o analista técnico Filipe Garcia, da IMF-Informação de Mercados Financeiros.
A Energias de Portugal (EDP) [edp] descia 0,44% para os 2,28 euros, e a Brisa [brisa] subia 0,28% para os 7,07 euros, depois da Morgan Stanley ter elevado o preço alvo para as acções da concessionária de auto-estradas em 21% para os 8 euros, num estudo em que reviu em alta os «targets» para o sector, de forma a reflectir a subida de perspectivas da envolvente macroeconómica. A recomendação foi mantida em «equal-weight».