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Bolsa e moeda da Hungria tombam com imposto "windfall" de Viktor Orbán

Viktor Orbán anunciou a criação de um imposto sobre lucros extraordinários das empresas, o que espoletou um "efeito em dominó" nos mercados acionista e cambial.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse ontem que acordo está a uma distância de “centímetros”.
Bernadett Szabo/Reuters
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Depois do o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ter anunciado um plano de criação de um imposto sobre os lucros extraordinários das empresas (na expressão inglesa "windfall tax"), as ações das principais empresas do país e a moeda local - o florim húngaro - registaram quedas acentuadas. 

 

A refinadora húngara Mol Nyrt chegou a tombar quase 15% esta quinta-feira, tendo entretanto aliviado para uma queda de 2,93% para 33,48 florins. Por sua vez, o maior banco do país, Nyrt Bank, perdeu mais de 13%.

 

No mercado cambial a moeda húngara deprecia-se 0,8% contra o euro, depois de perder 3,1% contra a moeda única, a maior queda em dois meses. Atualmente, cada euro vale 391,85 florins. Esta quinta-feira, o banco central do país reuniu-se, tendo decidido manter intocadas as taxas de juro diretoras em 6,45%.

 

Este movimentos nos mercados surgem depois de esta quarta-feira, Victor Orban se ter dirigido ao país, através de uma mensagem de vídeo, anunciando que nos próximos dois anos serão taxados "os lucros adicionais" nos setores  da banca,  seguros, energia, telecomunicações, retalho e aviação.

O dinheiro arrecadado servirá contribuir para a redução dos preços dos serviços públicos e reformar as forças armadas do país. Com esta nova receita, o Budapeste conseguirá contornar assim o congelamento de financiamento europeu ordenado por Bruxelas.

O Fidesz, partido de Orbán, venceu as eleições de 3 de abril, com 54% dos votos, que lhe deram uma maioria de mais de dois terços no parlamento pela quarta vez consecutiva, legitimando a sua liderança por mais quatro anos.

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