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Bloomberg: Especuladores de Wall Street atiram-se aos centros comerciais

Segundo a agência noticiosa, os hedge funds estão a posicionar-se para lucrar com a próxima crise de crédito nos Estados Unidos, relacionada com o colapso dos operadores dos centros comerciais.

13 de Março de 2017 às 15:24
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Os especuladores de Wall Street estão a antecipar a próxima crise de crédito nos Estados Unidos, desta vez relacionada com os centros comerciais, escreve a Bloomberg num artigo publicado esta segunda-feira, 13 de Março.

 

O contexto? Um país onde os consumidores compram cada vez mais "online" e em que muitos centros comerciais lutam há anos para sobreviver. Agora, adianta a agência noticiosa, muitos estão a chamar a atenção de hedge funds que procuram tirar vantagem de um colapso iminente.

 

Tal como aconteceu antes da crise imobiliária, um grupo pequeno mas crescente de empresas está a posicionar-se para lucrar com um colapso que poderá conduzir a uma onde de insolvências. O alvo? Activos associados a empréstimos a operadores de centros comerciais.

 

Segundo a Bloomberg, nas últimas semanas, empresas como a Alder Hill Management aumentaram as apostas contra os títulos, que tiveram um desempenho muito superior aos das acções dos retalhistas.

 

As posições curtas em duas das fatias mais arriscadas dos chamados CMBS (Commercial mortgage-backed security), ou garantias hipotecárias comerciais, subiram para 5,3 mil milhões de dólares no mês passado, um aumento de 50% face ao ano anterior.

 

De acordo com os dados da Depository Trust & Clearing Corp, foram comprados este ano 985 milhões de dólares de contratos que visam os dois tipos mais arriscados de CMBS, cinco vezes mais do que nos três meses anteriores.

 

"Estes centros comerciais estão a morrer, e vemos perspectivas limitadas para uma reviravolta no seu desempenho", sustentou a Alder Hill num relatório de Janeiro citado pela agência noticiosa. "Antecipamos que 2017 seja um ponto crucial".

 

E há motivos para o pessimismo, diz a Bloomberg. Depois de as retalhistas terem vivido uma das piores épocas de Natal dos últimos anos, a J. C. Penney anunciou, em Fevereiro, que vai fechar até 140 lojas. A Macy’s já havia anunciado que pretende encerrar 100 lojas e a Sears cerca de 150. 

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