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Bill Gross: "Cuidado com a dívida alemã"
Co-fundador da Pimco, maior gestora de obrigações do mundo, diz que investir em dívida de países do euro se tornou, por motivos diversos, num exercício muito arriscado.
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O número dois da Pimco, maior gestora de obrigações do mundo, afirma que investir em títulos de dívida espanhola “deixou de ser seguro”, e que existem riscos relativamente ao retorno dos empréstimos feitos a países nucleares, como Itália e França, que têm de oferecer “yields” que duplicam as taxas de crescimento nominal das suas economias.
“Eu seria muito cauteloso em relação às ‘bunds’ alemãs porque há poucos cenários em que poderão ter um desempenho favorável. Terão um bom desempenho se a Alemanha sair do euro e, de uma forma ou de outra, regressar ao marco e pagar as suas obrigações em euros. De outro modo, se, como estamos a ver na Grécia, o problema continuar a ser empurrado com a barriga, as responsabilidades da Alemanha vão continuar a aumentar de dia para dia”, argumenta Gross, referindo-se também aos desequilíbrios no sistema de pagamento entre os bancos centrais (Target 2) que estarão a sobrecarregar o balanço do Bundesbank.
“A Alemanha tem-se tornado cada vez mais responsável pelo euro.(…) Para mim, tem risco de crédito. Não é um mercado atractivo”, afirma.