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Barclays antecipa venda generalizada das obrigações portuguesas
O Barclays antecipa a venda generalizada da dívida portuguesa, num momento em que o cenário mais provável é o país avançar para eleições antecipadas.
Os analistas do Barclays acreditam que a crise política em Portugal deverá ter um impacto “muito significativo” para o país, conduzindo à “venda generalizada” das obrigações portuguesas. É mais um banco de investimento a manifestar as suas preocupações em relação à situação em Portugal, numa manhã negra para as acções e a dívida de Portugal.
Não param de cair os comentários para a situação portuguesa, com os analistas a mostrarem-se muito apreensivos em relação ao destino do país, num momento em que o Governo de Passos Coelho está por um fio e a qualquer momento pode cair.
Os analistas Antonio Garcia e Fábio Fois acreditam que os recentes desenvolvimentos vão levar a um “sell-off” da dívida portuguesa, dificultando o regresso completo de Portugal aos mercados.
Esta venda generalizada já se está a ver na sessão de hoje, com os juros das obrigações do tesouro a 10 anos a dispararem mais de 125 pontos base, para superar a barreira dos 8%, algo que não acontecia desde Dezembro.
Numa nota enviada aos seus clientes, citada pela Bloomberg, os analistas do Barclays dizem que a demissão de Paulo Portas não é uma situação crítica para o resto da Europa, ainda assim admitem que o cenário mais provável são eleições antecipadas no país.