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Citigroup antevê novo resgate e reestruturação da dívida em Portugal
Portugal deverá “seguir as pisadas da Grécia e de Chipre”, diz o Citigroup, que diz que a crise política tornou mais provável um segundo resgate, que terá de incluir “algum tipo” de reestruturação da dívida.
“A estabilidade política e o apoio em relação ao programa de ajustamento verificados em Portugal nos últimos anos desapareceu”, diz o Citigroup. “Os desenvolvimentos políticos inesperados em Portugal comprovam como o ímpeto contínuo na austeridade degradou completamente o capital político do governo”.
O banco de investimento não exclui que possa existir um governo de união nacional mas diz que o mais provável é a realização de novas eleições.
A demissão de Paulo Portas, que colocou em risco o governo de coligação, “reduziu as hipóteses de uma saída suave do actual programa de ajustamento até meados de 2014”. “Um segundo pacote de resgate parece agora mais provável” e deverá incluir “algum tipo de reestruturação da dívida pública, nas pisadas da Grécia e de Chipre”.
O Citigroup junta-se ao Bank of America Merrill Lynch e ao Royal Bank of Scotland, que também acreditam que Portugal necessitará de mais do que apenas um programa cautelar e que um novo resgate total envolveria necessariamente uma reestruturação de dívida.