Notícia
Bankinter: "As bolsas europeias vão estar protegidas pelos lucros em 2022"
Apesar de ver riscos à manutenção do rally acionista, o banco espanhol ainda vê espaço para lucros e valorizações nas bolsas continuarem em 2022.
O próximo ano poderá ser de "inversão" para o mercado obrigacionista, mas os retornos positivos generalizados não são esperados antes de 2023. Esta é a expectativa do Bankinter. Por isso, as ações e o imobiliário são os segmentos do mercado onde o departamento de "research" do banco espanhol vê potencial de ganhos.
"A economia e os mercados estão muito fortes com variáveis fiáveis", afirmou Ramón Forcada, diretor de análise e mercados do grupo Bankinter, esta segunda-feira, num encontro com jornalistas. "As bolsas europeias estão protegidas pelos lucros, pelo ciclo económico, pelas baixas taxas de juro e pelos fluxos de liquidez".
Apesar de ver riscos -- como a retirada de estímulos pelos bancos centrais ou a evolução do coronavírus --, Forcada considera que os máximos históricos das ações fazem sentido pois são justificados pela robustez dos resultados das empresas e pela quantidade de dinheiro barato no mercado.
"Não há setores, o que há é empresas boas e más. O que recomendamos é stock picking", refere. Ainda assim, mantém a recomendação de exposição a cotadas tecnológicas e empresas focadas na transição digital por considerar que as avaliações elevadas são justificadas, apontando igualmente para setores que foram mais penalizados e poderão agora beneficiar da retoma, como é o caso dos transportes e da hotelaria.
O banco espanhol vê um potencial de valorização próximo de 10% no caso do S&P 500 e de 22% do Stoxx 50. Estes retornos não são, no entanto, comparáveis aos níveis de bolsas mais pequenas como a nacional, pelo que ficam à margem das contas do banco. "Portugal e Espanha têm um problema [de dimensão]. Temos de recomendar aos clientes que invistam nos Estados Unidos".
"Quem tenha obrigações tem de ter cuidado"
O mercado acionista é, a par do imobiliário, onde o Bankinter antecipa maiores retornos no próximo ano. No que diz respeito ao mercado imobiliário, o responsável explica que os confinamentos fizeram subir vendas e preços desde o início da pandemia. Esta tendência ainda não deverá ver o fim em 2023. Já no "cash", as taxas de juro negativas levam a que "a atratividade seja zero".
No mercado obrigacionista, "em 2022 ainda se vai perder dinheiro", mas estar atento e deter estes títulos em carteira é "imprescindível", na opinião do banco espanhol. Há "boas oportunidades" na dívida pública e privada, mas "quem tenha obrigações tem de ter cuidado" pois os títulos vivos irão continuar sob pressão e, devido à aceleração da inflação, não irá oferecer retornos atrativos aos investidores. Por outro lado, as novas emissões já poderão ver "yields" mais elevadas.
"2022 será um de inversão para a dívida e para a inflação. Talvez 2023 possa ser um ano de subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE)", antecipa Rámon Forcada. Mas para já, prefere esperar pelo "ajuste global" que antecipa para o mercado obrigacionista (com maior expressão nos Estados Unidos) e que poderá desbloquear valor.
"A economia e os mercados estão muito fortes com variáveis fiáveis", afirmou Ramón Forcada, diretor de análise e mercados do grupo Bankinter, esta segunda-feira, num encontro com jornalistas. "As bolsas europeias estão protegidas pelos lucros, pelo ciclo económico, pelas baixas taxas de juro e pelos fluxos de liquidez".
"Não há setores, o que há é empresas boas e más. O que recomendamos é stock picking", refere. Ainda assim, mantém a recomendação de exposição a cotadas tecnológicas e empresas focadas na transição digital por considerar que as avaliações elevadas são justificadas, apontando igualmente para setores que foram mais penalizados e poderão agora beneficiar da retoma, como é o caso dos transportes e da hotelaria.
O banco espanhol vê um potencial de valorização próximo de 10% no caso do S&P 500 e de 22% do Stoxx 50. Estes retornos não são, no entanto, comparáveis aos níveis de bolsas mais pequenas como a nacional, pelo que ficam à margem das contas do banco. "Portugal e Espanha têm um problema [de dimensão]. Temos de recomendar aos clientes que invistam nos Estados Unidos".
"Quem tenha obrigações tem de ter cuidado"
O mercado acionista é, a par do imobiliário, onde o Bankinter antecipa maiores retornos no próximo ano. No que diz respeito ao mercado imobiliário, o responsável explica que os confinamentos fizeram subir vendas e preços desde o início da pandemia. Esta tendência ainda não deverá ver o fim em 2023. Já no "cash", as taxas de juro negativas levam a que "a atratividade seja zero".
No mercado obrigacionista, "em 2022 ainda se vai perder dinheiro", mas estar atento e deter estes títulos em carteira é "imprescindível", na opinião do banco espanhol. Há "boas oportunidades" na dívida pública e privada, mas "quem tenha obrigações tem de ter cuidado" pois os títulos vivos irão continuar sob pressão e, devido à aceleração da inflação, não irá oferecer retornos atrativos aos investidores. Por outro lado, as novas emissões já poderão ver "yields" mais elevadas.
"2022 será um de inversão para a dívida e para a inflação. Talvez 2023 possa ser um ano de subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE)", antecipa Rámon Forcada. Mas para já, prefere esperar pelo "ajuste global" que antecipa para o mercado obrigacionista (com maior expressão nos Estados Unidos) e que poderá desbloquear valor.