Notícia
Banco central da Turquia faz segundo corte surpresa nos juros e atira lira a novo mínimo
Depois de Erdogan ter despedido dois decisores políticos, o banco central voltou a cortar os juros. A moeda turca já acumula perdas superiores a 20% este ano.
O banco central da Turquia cortou, pelo segundo mês consecutivo, as taxas de juro de referência de forma inesperada. A redução em 2 pontos percentuais para 16% foi decidida esta quinta-feira pelo comité de política monetária, em linha com a expectativa do Presidente Tayyip Erdogan. Em reação, a lira turca tocou um novo mínimo histórico.
Os decisores políticos justificaram o corte dizendo que a inflação anual de quase 20% registada no mês passado é "transitória" e que a recente aceleração dos preços "tem sido gerada por fatores do lado da oferta". Por isso, decidiram reduzir a taxa para 16%, do anterior nível de 18%.
Já a quebra anterior (de um ponto percentual), anunciada em setembro, tinha sido uma surpresa para os mercados. Desta vez, foi diferente. Apesar de todos os 26 economistas consultados pela Bloomberg esperarem que o governador Sahap Kavcioglu continuasse o aperto monetário, não esperavam uma descida tão pronunciada.
É que Erdogan despediu, na semana passada, três membros do comité de política monetária do banco central que discordavam do curso tomado. Os vice-governadores Semih Tumen e Ugur Namik Kucuk, bem como o membro do comité Abdullah Yavas foram afastados, tendo esta reunião contado já com a presença dos novos membros: o vice-governador (Taha Cakmak) e outro decisor político (Yusuf Tuna).
O presidente autointitula-se "inimigo" dos juros altos. Apesar de os decisores políticos terem sublinhado que o espaço para novas descidas este ano é "limitado", não foi suficiente para travar o tombo da moeda. A lira chegou a desvalorizar 2,9% para um mínimo histórico de 9,4325 dólares após o anúncio, acumulando assim uma perda superior a 20% este ano.
Os decisores políticos justificaram o corte dizendo que a inflação anual de quase 20% registada no mês passado é "transitória" e que a recente aceleração dos preços "tem sido gerada por fatores do lado da oferta". Por isso, decidiram reduzir a taxa para 16%, do anterior nível de 18%.
É que Erdogan despediu, na semana passada, três membros do comité de política monetária do banco central que discordavam do curso tomado. Os vice-governadores Semih Tumen e Ugur Namik Kucuk, bem como o membro do comité Abdullah Yavas foram afastados, tendo esta reunião contado já com a presença dos novos membros: o vice-governador (Taha Cakmak) e outro decisor político (Yusuf Tuna).
O presidente autointitula-se "inimigo" dos juros altos. Apesar de os decisores políticos terem sublinhado que o espaço para novas descidas este ano é "limitado", não foi suficiente para travar o tombo da moeda. A lira chegou a desvalorizar 2,9% para um mínimo histórico de 9,4325 dólares após o anúncio, acumulando assim uma perda superior a 20% este ano.