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Emprego dispara no Reino Unido e pressiona Banco de Inglaterra
O desemprego desceu e o emprego subiu a um ritmo recorde. Banco de Inglaterra preocupado com a criação de pressões inflacionistas insustentáveis, mas não deve alterar a taxa de juro este mês, afirma a Bloomberg.
O número de empregados no Reino Unido disparou para um valor recorde em novembro, ao mesmo tempo que o desemprego recuou, números que fazem disparar os receios do Banco de Inglaterra de pressões inflacionistas insustentáveis.
Dados do gabinete de estatísticas britânico divulgados nesta terça-feira, 14 de dezembro, sugerem que o fim dos apoios governamentais de apoio ao emprego no final de setembro não foi suficiente para eliminar a falta de mão de obra, o que está a levar as empresas a aumentar salários e preços.
Segundo a Bloomberg, o Banco de Inglaterra teme que a subida da inflação, que está a ser vista como transitória, possa tornar-se duradoura se não for contida. A maioria dos investidores admite que os decisores não devem aumentar as taxas de juro esta semana devido à ameaça da variante ómicron, que voltou a pressionar o Governo para retomar os apoios aos desempregados. Isso pode impedir o Banco de Inglaterra de subir as taxas de juro até ao próximo ano.
"A combinação de um mercado de trabalho rígido e o reduzido desemprego - evidentes nos dados de hoje - pode ser, só por si, suficiente para levar a um aumento das taxas do Banco de Inglaterra em Novembro", disse Yael Selfin, economista-chefe da KPMG no Reino Unido. Mas com a emergência da Ómicron, isso não deve acontecer até ao próximo ano, admitiu, citada pela agência.
O número de empregados subiu 257,278 em novembro, o valor mais alto registado e a taxa de desemprego desceu para 4,2% em três meses, descreve a Bloomberg.
Os dados de hoje eram esperados pelos decisores políticos, que se mostraram alarmados quanto à rigidez do mercado de trabalho. No entanto, espera-se que a decisão sobre novas restrições para conter a disseminação do Ómicron seja o fator dominante neste mês. Os economistas preveem que o Comité de Política Monetária deixe a taxa de referência em 0,1%. A decisão deve ser tomada na próxima quinta-feira.